A trombeta da mediocridade soa no clarão da Usina: OURO - PRATA - BRONZE...
O Ouro, deslumbrado pelo Bronze, regurgita-lhe brilhos holísticos que serpenteiam pelo anil do espaço infinito... Nem a Galé das Estrelas se compara a cintilações tão primorosas.
E o "glamour" da Usina arde em festa, onde o Rei se manifesta ao Súdito com aquela humildade do leão manso que aplaca a fêmea desprotegida.
Parodiando o baiano Castro Alves, em seu Navio Negreiro... A ralé do trono se aproxima e exlala, num uníssono grito vociferante:
"Senhor deus dos temporais,
Vinde! Brindai também
Nesta Usina de Ninguém!
Não role a tua Ira dos altares;
Sagra a Netuno,
Outro deus,
O dos mares,
Tua compaixão
De amor e de alegria...
Mas não impeçais
Estes "doutos das palavras"
De sonhar
Neste Mar de Fantasia!"
A PRATA?
Continua,
gloriosa e brilhante
Entre o Ouro e o Bronze
Na sua modéstia que abrasa
Por isso, eu o chamo:
A PRATA da casa!