Tanto gostaria de dizer à vocês,
mas nada eu acabo falando.
Algo impede-me,
tanto é aquilo que me atormenta.
Saudades... trago o meu peito
cheio de culpas na ausência de vocês.
A chuva cai triste lá fora,
como que escorrenmdo de mim.
Calado, com os meus olhos caidos,
sinto a dor de quem sente falta.
O que na verdade me dilacera,
é a consciência de tê-los amado tanto
mas de não ter dito isso
à quem tanto deserjava ouvir.
Hoje eu falo à estante, à sereia,
à os meus sonhos; falo sempre
à imagem de dois santos.
Esse amor, que hoje é a razão
de doer tanto uma ausência,
é aquele que eu sinto por vocês meus pais.