Foi o que melhor me ocorreu e também a forma pela qual, venho me apegando à s comidas do norte e nordeste. Quando falo lá de cima é realmente assim, afinal eu estou no sudeste.
Faz algum tempo, eu andava obcecado pelo nordeste. A Bahia e o seu acarajé, o vatapá, o dendê. Os peixes e moquecas regados ao dendê e leite de coco, passaram, então, a fazer parte da mesa aqui em casa.
Tempos depois, a convite de um amigo e vizinho, o Misael, conheci a feira de São Cristóvão. Conheci a feira em sua realidade, Misael me explicou o que realmente por ali acontecia. E foi num domingo qualquer, que fomos a tradicional feira do norte. Alguns chamam de feira dos paraíbas. Bem, ali, realmente, acontece de tudo, vende-se de tudo, fala-se de todos e muito mais. É possível cortar o cabelo sentado em plena feira. Matar a saudade da terrinha ao som da zabumba, do triàngulo e da sanfona.
Sentamos em alguns bancos improvisados, bem lá no meio da feira, onde o Misael com todo o seu conhecimento, já que até uma barraca possuíra, pedia porções de carne diversas, os tira-gosto, sabe? E assim fazia, ou melhor, pedia.
- Fulano me dá um pedaço dessa carne aqui.
- Frita um pedaço daquela ali!
- Olha, põe um pedaço dessa dali também!
- E aquela ali como é que tá?
- Põe também!
Os nomes daquelas carnes e tripas, e miúdos, eu não sabia, porém, que eram muito gostosas, é verdade que eram. E tome cerveja!
Conversamos sobre as carnes, a buchada de bode, o sarapatel, os queijos e a manteiga de garrafa, o feijão de corda, o milho, o bijú, que lá possui outro nome, a rapadura, o milho, as farinhas e tudo o mais que num repente, chegou a mesa desta família, já não tão carioca.