Faltam poucos dias para o início da Copa do Mundo. A Copa que, sem dúvida nenhuma, é a maior e a mais envolvente competição esportiva. Junto com as Olimpíadas, é a que mais condições reúne para que o mundo possa acreditar que a paz neste planeta é possível. E que muito em breve todos haveremos de gritar o gol de placa desta paz tão desejada.
Não é segredo para ninguém. Há um forte caso de amor entre a população e a Seleção Brasileira. Mas que, nos últimos dias, como qualquer caso de amor, tem passando por momentos difíceis. Justamente por conta de uma campanha irregular e decepcionante, em que esteve próximo de sua desclassificação. Gerando, portanto, justa tristeza por quem tanta a ama. A ponto de correr o boato de que, desta vez, o divórcio seria inevitável. Ainda que de forma amigável.
Mas o tempo é o melhor remédio. A Seleção está renovada e confiante. E não podemos esquecer: ela é a única que participou de todas as copas do mundo. A que conseguiu os melhores resultados que um equipe de futebol poderia almejar: quatros títulos de campeão, dois de vice, dois terceiros lugares e uma vez a quarta posição. E acumula, também, a responsabilidade pelas marcas profundas de orgulho que todos temos pelas cores de nossa bandeira; e pela emoção incontida ao ouvirmos a linda canção e os belos versos do nosso Hino Nacional; e pela extrema alegria provocada pelos dribles e lances inusitados, que encantaram o mundo, e que nos fizeram, tantas vezes, expulsarmos, aos gritos e aos berros, o gol sufocado em nossas gargantas.
Só por isso, já somos devedores da Seleção. Só por isso lhe devemos apoio. Só por isso lhe daremos mais esta chance. Só por isso, suspenderemos, temporariamente, o processo de divórcio que tramita na justiça de nossas mentes e de nosso corações. Seleção, que Deus ilumine seus passos. E os do Brasil, também. No rumo do Penta. No rumo das Eleições.
Essa é a proposta. Vamos esquecer, por trinta dias, do outro campeonato que está em vias de acontecer. Em outubro acontecerá a última fase. A partida final. O campeonato das eleições. Em que sempre o público, apesar de tudo, comparece aos estádios, em todos os Estados, para prestigiar seus "jogadores". Jogadores que nunca, ou quase nunca, e com raríssimas exceções, jogam o jogo limpo. São desleais. Tentam enganar juízes e a própria população que paga pelo torneio. Jogadores sem técnica e com muita malícia. Que só sabem driblar fora do campo. Não fazem gols. Nem de pênalti. Mas estão sempre participando dessa copa política. De quatro em quatro anos eles aparecem. Os mesmos jogadores. Cada vez jogando menos. E renovam as promessas de bons resultados. Mesmo sabendo que estão fora de forma. Contundidos. E os novos craques que se apresentam, até agora, não convenceram. Falta-lhes experiência de campo. E os que têm um pouco de credibilidade e de experiência política, já estão dando mostras de cansaço. Não sabemos em que vai dar este campeonato. Mas torcemos para que o Brasil tenha, pelo menos, um resultado digno de seu povo. Aqui e lá do outro lado do mundo.