Esta semana recebi um E-mail interessante de uma amiga que mora nos Estados Unidos. Ela é brasileira e após o casamento com Mr. Earl, empresário bem sucedido nas indústrias químicas de West Virgínia, dedica-se ao trabalho de filantropia e integração comunitária internacional. Pois ela manda dizer que pediu licença ao James para colocar a bandeira brasileira ao lado da americana, em frente à casa, durante a Copa Mundial, na terra do Sol Nascente. Ela está do lado de lá, mas seu coração continua batendo para o lado de cá. Grande amiga. Amiga fiel. Amiga que acredita na vitória de nossa seleção. Estou com ela e não abro.
As cores verde/amarelo/azul e branco predominarão no visual colorido desse cenário exótico escolhido para sediar a primeira Copa do século.. Não sou muito ligada ao futebol, mas acho que esse esporte sempre foi o programa preferido da maioria dos brasileiros nos domingos à tarde e em horários esporádicos noturnos. Ouso dizer ainda que o futebol não é só o lazer, a euforia, a descontração de nossa brava gente, mas também o anestésico simples e eficaz para as dores e males sofridos por tantas outras pessoas que amargam perdas, injustiça e decepções em seu árduo caminhar pela terra amada, tão gentil.
Torcer pelos jogadores e neles acreditar implica na manutenção de um ritmo de tranquilidade. Se estivermos motivados para isso , tudo será mais fácil. Mas onde estará a motivação de nossos craques ? Escutei ou li por aí que Scolari buscou inspiração para sua orientação na sabedoria de Sun Tzyn , em seu livro "A Arte da Guerra" cuja temática é a motivação. A motivação começa pela união do grupo, harmonizado em torno de um objetivo comum: a vitória. Sempre a vitória. A arte da guerra não consiste em ver o quadro que ficou para trás, aquele que estampa derrota, choro e decepção. A arte está na vitória , conquistada pelas estratégias de jogo, pela técnica e pela persistência na linha de ataque e defesa, não descartando a energia física de seus competidores. Haja pernas, haja fólego, haja saúde. E daí é Goooooooooool. Nessas jogadas todas é preciso conhecer-se a si mesmo e mais ainda, conhecer o inimigo. Ele pode ser quem quiser. Não importam raças, línguas, culturas e crenças. A mistura das diferenças e dos pontos fortes ( ou fracos ) serão revelados na grande área dos gramados. Todos lutarão pela vitória. A expectativa de um resultado positivo sobre o adversário será a meta. Deles e de todos nós. Quem sabe chegaremos ao penta ? Aí então, uma só bandeira será desfraldada. A Copa será erguida com redobrada emoção. Na verdade, o mérito supremo consistirá em quebrar a fortaleza do inimigo pelas alianças da credibilidade. Isso é possível. Vamos lá, seleção. A gente acredita!
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