Eu havia lançado o meu primeiro livro numa pequena e pacata capital nordestina e, na verdade, os meus ideais de autor. quando da elaboração do livro, estavam voando baixo, sonhando com leituras no circuito regional, no àmbito restrito de parte do nordeste. Afinal, era uma edição modesta, com capa em preto e branco, desenhada por minha irmão e por uma colega sua de faculdade e o conteúdo, bem o recheio do livro era o resultado dos meus estudos daquela época, da visão entusiasmada de vigário novo(eu que era juiz de pouco tempo e que, por ser único da cidade, julgava-me o senhor de todos os anéis).
Aí veio aquela viagem inesperada ao Rio de Janeiro, a fim de resolver problema urgente de saúde em familiar muito caro.
Avião da VASP, descida no Galeão, hospedagem em Santa Teresa, exames, idas ao consultório médico, compra de medicamentos...Foi justamente naquela Farmácia de Copacabana que eu me deparei com a alegria: um estudante, compenetrado e estranho, tão estranho que nem percebeu o ritmo acelerado do meu coração, sobraçava um exemplar do meu livrinho...
Ora, ora, ora...então eu estou sendo lido aqui no Sudeste e, exatamente, pela mocidade.
Acredito que seja alegria igual a de um compositor quando escuta alguém do povo assobiando pela primeira vez uma de suas canções.