Venho por meio desta informar que minha criatividade sobre um certo tema tão recorrente, e anteriormente abordado sob a máscara de algum outro tema qualquer, esgotou-se como a minha última colherada de Nescau.
Venho propor que abordemos o tema da fidelidade sobre uma nova e inovadora perspectiva. A fidelidade na era globalizada.
Hoje em dia o conceito de fidelidade não mais se aplica a um juramento matrimonial. A fidelidade matrimonial está ultrapassada, e os casais trocam de parceiros como se trocassem as meias.
Nos tempos globalizados, a fidelidade pode ser até mesmo comercial. Algumas empresas atualizadas com o conceito da globalização, atuam junto aos clientes propondo acordos de fidelidade mútua, onde ambos os lados saem vitoriosos.
O cliente ganha com inúmeras promoções acumulativas que o fazem consumir ainda mais o produto oferecido, e as empresas lucram o dobro ao aumentarem o consumo de seus produtos.
No mundo globalizado, o cartão de fidelidade da Varig faz com que suas vendas aumentem, e tanto faz se forem as milhagens da Vasp, ou o cartão fiel da TAM. O que importam, são as promoções com fins de atrair mais clientes, e manter-los consumindo cada vez mais.
Até mesmo as pequenas empresas já aprenderam a utilizar o método de fidelidade. Um bom exemplo são locadoras de títulos em VHS, ou DVD, que oferecem cartões acumulativos que levam o cliente ao mundo mágico e maravilhoso das locações grátis.
Portanto, quanto mais você consumir, mais ganha o vendedor, mais você também. Todo o mundo está aprendendo a utilizar o método da fidelidade, para aumentar e manter o bom número de clientes nessa era globalizada. Neste teste de fidelidade entre o cliente e o vendedor, ninguém sai perdendo, pois sempre há alguém e seus motivos que o fazem consumir determinado produto.
Porém a única razão, para eu ter subvertido o tema, escrevendo variações sobre o mesmo, foi a necessidade em não me manter fiel a nenhum meio de produção. Além de, é claro, ir contra a maré, num estado quase anárquico de desobediência literária.
Ainda por cima, há muito se foi a última colherada de Nescau...