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Cronicas-->O amargo sabor da morte -- 11/07/2002 - 15:48 (José Ricardo Mendes Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Algo realmente impressionante nos acontece quando nos deparamos com uma incerteza em nossas vidas, tudo parece perdido quando criamos uma dificuldade realmente intransponível em nossa caminhada aqui na terra.

Nossa passagem aqui pela terra nos completa e nos prepara para completarmos o nosso ícone maior de soberania que é Deus.

Através das dificuldades é que nós nos percebemos e podemos nos avaliar como pessoas realmente vivas e pensantes.

Nossos maiores desejos são de natureza humana e não preenchem de forma completa o nosso espírito, de forma que cada atitude que tomamos para tornar os desejos presente em nossas realidades se tornam banais quando sentimos nos lábios o tal sabor amargo da morte. O poder pode nos proporcionar sensações magnànimas dentro do contexto físico da vida, mas jamais irá tirar o amargo sabor da morte.

Jesus que se tornou poderoso por ser o filho de Deus e exímio aglutinador, não acreditou que estava, no momento da crucificação, sendo tragado pela morte "...Senhor, porque me abandonaste?".

A sensação de solidão sempre se fez presente no momento em que nos encontramos a um passo da morte. Por mais próximo de Deus que estivermos sempre estaremos longe, pois somos muito simples para entendermos a complexidade divina, dificultamos a nossa aproximação do ser soberanoque esta longe, no céu.

Deus não esta no céu! Esta em nós mesmos, nas nossas ações e nos pensamentos, que por sua vez, são tão distantes de Deus quanto nossas ações.

Por isso e alguns mais é que acredito, que salvos serão aqueles que sentem o amargo sabor que a morte surte nos lábios como prenúncio da sua chegada. Pois somente o seu amargo sabor é que nos purifica, nos fazendo pensar a respeito do que fazemos.

É dessa forma que nascemos para a morte e nos tornamos neógenos novamente e prontos para fazer parte da energia maior que é nosso Deus.

José Ricardo Mendes
0671999
são Paulo
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