No espaço aberto desse sol, tracei meu mapa de coqueiros e assoviei com o vento cantigas de ninar o dia.
Uma eternidade,hora de abrir revistas ou espraiar com dedos perdidos n areia e cabeça banhada de sombras, corpo todo lançado em tamanho de alma e mistério.
Pertenço ao tempo como acidente geográfico reencontrado, fumaça de vida em busca da elasticidade do sono morno, dos que se conquistam a duras penas, depois da canseira final.
Nesse meu encontro de coqueiro-praia-e-areia, insinuam-se casebres que denunciam a presença pacífica do elemento homem. Em cada telhado, roçam folhas que se doam em constants posições de carinho.
Bebo tudo isso em goles largos e esparsos.
De início, a água é branca, mas, aos poucos se azula, tinta de contaminaçõs do céu.
E eis o contato eterno temporário com o almejado quinhão de felicidade, que é o dia se embalando em ondas, pescador bordando areia de peixs prateados e redes amantes de sol.
Aqui até as pedras, sem querer, formam um quebra-mar, e acolhem os cantos da festa de volta, abraçando gotas de sol _ testemunhas do batismo da pura essência pelo mais simples.
E quando o dia, menino, adormece, surgem mãos de estrelas velando a escuridão.