O cotidiano é caótico, a vida é caótica e somos todos pagãos.
Pagãos que acreditam em Cristo na tristeza e em si próprios na alegria.
Alegria vaga, superficial,
Que apenas nos dá forças para continuar.
Na caminhada pedregosa do vai-e-vem diário,
É ela que nos socorre, nos acode,
Mas ao mesmo tempo,
Pouco a pouco,
Nos destrói.
Vivemos na ilusão de uma vida feliz,
Quer dizer,
Menos triste
E em tempos tão tecnologicamente
Rudimentares e pré-históricos,
Onde a cidadania e o respeito ao próximo
Não constam da nossa lista social,
Podemos concluir que a selva de pedra
Já é e faz parte da nova face do planeta.
Mentira, medo, tristeza, guerra?
Não, nada disso existe.
Neste nosso mundo virtual, tudo é bom e pefeito.
Este é o perfil do nosso mundo de ilusões.
E sem nos darmos conta,
Estamos nos emaranhando num redemoinho quase infinito.
Onde é o fim dele?
Quem sabe ele esteja no nosso próprio fim.