Navegamos todos no fundo do mar...
Todos haverão de passar por lá:
Lutaremos contra os tubarões...
E os que não sabem nadar,
hão de se afogar.
Armados de arpo,
figurino preparado,
lá vai ele para seu lazer...
Sentado na mais plena solidão,
curtindo seu prazer...
Em sina ao filho como deve fazer:
Quando o peixe a isca agarrar:
Você solta para sofrer.
Às pratas e os tesouros dos navios destroçados...
Nos servirá de abrigo.
Nenhuma água irá nos molhar:
Os animais em seu habitar,
não serão incomodados!
Ninguém sairá para machucá-los...
Não farão safari.
Ninguém trará como troféu,
cabeças de animais que nunca saíram de lá...
Os veleiros flutuaram por cima das nossas cabeças:
Outro dia eu vi,
nas ruas de uma grande cidade
um animal perdido...
Ele fora morto!
Tanto lá, quanto cá, não se salvará.
Então ele saiu armado para visitar...
O sossego e a paz...
Daquele que nunca saíra do lugar:
E o homem robusto valente e prepotente...
Atracou-se com o animal!
E trouxe para nós, sua cabeça:
Orgulhoso, ele conta para os amigos,
e vira matéria de jornal.
O homem da diversão,
construiu sua mansão:
O homem da mente livre...
Tem a vida das aves na palma da mão.
Sim, senhor!
Com orgulho ele diz fazer a coisa certa!
Seus filhos, tanto quanto, seus netos...
Assim como seu pai:
Todos gostavam dos animais.
E o homem da mansão...
Plantou coqueiro em seu grandioso quintal...
Para pendurar às gaiolas:
O homem d mente livre,
sem correntes sem grilhões:
Mantém um sorriso desengonçado...
E eu, não consegui achar engraçado!