A calma que nos dá tranqulidade, a sensibilidade poética que sempre recrudesce no Natal, captando os dramas pungentes das ruelas e dos viadutos de Porto Alegre. O chimarrão indefectível. Os costumes do sul, nascidos do encontro de culturas, caldeados no frio e no minuano. O amor à s tradições, a imponderável influência de ser fronteira internacional, mantendo o idioma pátrio ainda que em contato permanente com a língua de Cervantes.
E a amizade fez um arco, uma ponte talvez, ligando o sul ao nordeste, onde a influencia telúrica determina um homem tão diametralmente oposto, eis que preocupado inquietantemente com os dramas da sobrevivência.
As prendas, os fandangos, os churrascos, as tradições importadas da europa alemã ou italiana, para ele; o baião, o forró, a paçoca e a peixada, para mim.
O vento frio e o sol de estio...mas nada desune, ao contrário, tudo trama para um entrelaçamento...
O gaúcho, lutador e vigilante como devem ser os homens da fronteira; o nordestino, chapéu de couro, sotaque duro e arrastado, vivendo os dramas selvagens do sertão crestado pelas longas estiagens.
Mando daqui, nesta noite estrelada e amenizada pela brisa terral, um abraço ao amigo gaúcho, extravasando para sua família, desejando as mega senas acumuladas da serenidade, da paz de espírito e, principalmente, do amor fraterno.