Aquela estrela de brilho extraordinário está de novo à minha frente, nesta noite amena, provocando uma saudade conhecida e recorrente, que teima em me visitar nestas vésperas de agosto, quando estou sentindo falta de minha mulher e do meu caçula, na antesala do dia dos pais.
E eu fico olhando longamente para o astro cintilante e, como se fosse Bilac, começo a ouvir a estrela, a única que me fala e me escuta num diálogo estelar fantástico.
Nossas conversas são feitas de mensagens triangulares que mando e recebo por meio dela. Mando notícias minhas, queixumes desta estação de minha vida, entremeadas de esperanças de que tudo retorne ao ponto de equilíbrio; recebo novidades dela, trazidas também pelo vento frio da noite, passando pelo dorso das vagas marinhas, percorrendo o Caribe, contornando o estuário do Amazonas e, enfim, chegando aqui ao Ceará.
Minha estrela predileta, não se esconda nas ralas nuvens, não se jogue ao mar, não fuja de mim porque lhe serei fiel todas as noites, enquanto você estiver por aqui, tornando o céu de agosto mais belo, clareando a noite, fazendo parceria até o alvorecer.
adote esse autor adote esse texto envie este texto para um amigo veja outros textos deste autor