Eu não serei feliz, mas ele também não será. Essa afirmativa leva a uma manipulação diária e permanente de um ser sobre o outro e passa a fazer parte do dia a dia das pessoas corroendo e podando as relações a ponto de destruí-las.
Seria mais fácil o ser humano enxergar que ele não pertence a nada nem a ninguém e que isso o deixa a vontade para viver, ou seja, se de alguma forma ele não está feliz, é preciso que ele busque em sí onde está o erro de sua infelicidade, porque a sua felicidade não depende dos outros e sim de suas atitudes, do seu comportamento e até de sua forma de ver o mundo e seus semelhantes.
Para viver bem é preciso se apegar à vida e saber amar ao próximo sem esperar dele nenhuma resposta, apenas doar aquilo que a natureza te dar gratuitamente, e assim terá o homem à certeza de estar realmente amando.
O querer ter é a dependencia do consumismo que escraviza a toda uma sociedade e que impede o ser de se transformar de inverter o fluxo natural da ganància e assim se doar. Dar um pão ao faminto, dar um sorriso ao tristonho, dar um abraço ao amigo, dar um oi ao estranho, em fim, doar-se para a vida e receber em dobro o dom de ser feliz.
Certamente o medo faz qualquer mortal recuar, e o medo de dar e depois não ter tanto quanto tinha ou de deixar para os seus um maior tesouro, é o maior dos medos. Mas, esquece o medroso que o maior tesouro que pode deixar para os seus é o seu amor para com todos e isso gerar a harmonia da paz no mundo, onde o medo será apenas uma vaga lembrança do egoismo extinto pelo prazer de amar.
