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Cronicas-->Um caso de polícia -- 12/08/2002 - 17:52 (Hilton Görresen) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM CASO DE POLíCIA


Um dos primeiros textos que ousei escrever foi um conto policial. Juntei umas peças aqui, outras acolá e consegui criar um detetive alcunhado de "O Sapo". Como o nome sugere, não era um herói bonito, mas tinha uma esperteza fora do comum. Para mete-lo em apuros, inventei vários crimes. Na hora de desvendá-los, olha, não sabia onde achar um assassino. Normalmente o culpado era o mordomo, mas não existia isso na minha cidade. A única coisa parecida com um mordomo era o Tião Sujeira, que recebia uns cobres para carregar compras e levar recados. Depois de muito matutar, encontrei o criminoso ideal. Como sabem, o culpado nunca deve ser aquele de quem se suspeita. Por isso, selecionei uma pessoa acima de qualquer suspeita: uma velhinha que fabricava puxa-puxas, baseada em nossa vizinha, Dona Carmezita. Tomara que ela, hoje lá no céu, não leve em conta essa minha escorregadela de jovem.
A escolha das vítimas não foi difícil. Duas estavam no papo: o inspetor escolar, seu Valcides, e o Toninho, um colega antipático. Assim eu me vingava simbolicamente dos dois. Era de ver a satisfação com que os descrevia na qualidade de "presuntos": seu Valcides, com a boca torta, um furo de bala no meio da testa, mais feio do que já era; o outro, emborcado na lama, os porcos fuçando o topete que era seu orgulho. O terceiro morto, tive de escolher no palito, entre uma turma de vizinhos. Nem desconfiavam da glória que os aguardava: serem personagens de uma obra que, certamente, faria sucesso no Brasil e no exterior.
Como não há espaço aqui para narrar todas as peripécias do astuto detetive, a fim de desvendar os crimes, passo procuração ao leitor para imaginá-las ao seu bel-prazer. Afinal de contas, estamos na era da interação.
Após prender a terrível puxa-puxeira (ou será puxa-puxista?), "O Sapo" exclamou sua frase predileta: "sou sapo mas não engulo mosca!", e embarcou no trem das onze. Se o caso ocorresse nos States, seria resolvido entre uísque, carrões e muita porrada. Sabem como é, produção brasileira...
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