O homem parou embaixo do poste, pós o cigarro na boca e riscou um fósforo. Olhou demoradamente a chama e quando ia atingindo os dedos, encostou na ponta do cigarro e tragou longamente, deixando a fumaça traçar arabescos na chama de luz.
Lá longe, no escuro da noite, o sino da igreja da saúde, chamava os fiéis para a novena.
A noite é morna. Há estrelas em profusão. O homem não entrou no bar como fazia todas as noites. Preferiu entrar na igreja.Puxou o terço, rezou fervorosamente,enquanto um pranto silente escorria pelo seu rosto.
O menino, apertou o braço da mãe e sussurrou:
- Olha, mãe, aquele homem está chorando.
O homem nem se importou continuou rezando numa franca conversa com Deus.