Esta crónica é dedicada a Alice que, por sinal, é motivo e inspiração de todo o meu trabalho.
Se eu, por acaso, perder-me nos descaminhos da vida, se a minha rota, de repente, chegar a uma encruzilhada enigmática e insondável, deixando-me tonto com relação à escolha da estrada a ser tomada, se o canto da sereia tentar me confundir e me atrair para o abismo profundo do oceano, se os meus passos trópegos tiverem força de levar-me ao píncaros do Himalaia, se aparecer diante de mim um labirinto, uma caverna, um muro intransponível, se eu for deixado no meio do Saara; hei de vencer os desafios, hei de conservar a fé, hei de buscar a saída nas mãos de Deus e, em todos esses lances da vida, eu quero sempre estar a seu lado, desfrutar da sua doce presença, pois você é a razão mesma da minha existência.