Como dói, quando a gente está precisando de um incentivo, quando a alma se apequena e o desejo é quase colo,tudo parece estar dando errado, o desequilíbrio reina em cada passo dado, aí vem o telefonema e o que escutamos é a crítica acerba, a acusação dura(que pode até ser justa noutro momento), cutelo impiedoso e ferino a desmanchar a nossa tranquilidade, a retirar a paz para a noite de sono reparador.
De súbito, naquele instante, fogem todas as constelações do firmanento, pára a música, o perfume volatiliza, as luzes se apagam e tudo vira breu.
Olho para o lado e vejo a companheira amargando a mesma dor, curtindo a mesma deceção.
Nós devemos ter o cuidado máximo ao falar. As palavras podem ser armas de duplo alcance: alevantam o espírito ou esmagam a alma. Então, se podemos dar alento, porque inocular veneno?
Se temos o condão de transmitir a paz, por que trazer o estopim da guerra?
Ao acusarmos, devemos ter muita atenção para com a nossa própria vida...cometa que somos de trajetória erradia.
Pensei, naquele instante, que o sono não viria. Mas, Deus é sábio e nos trouxe devagarinho o sono que precisávamos. Na hora em que o dia arrebentou, acordamos banhados pela luz do sol. Ainda bem! Nem um fiapo de mágoa ficara guardado nos refolhos da alma. Nada mais confortador que o perdão.