Muito se tem discutido a respeito das punições para crimes hediondos...
Políticos, jornalistas, artistas, estudantes e profissionais ligados à legislação, debatem o destino de criminosos, que na realidade são também vítimas de outros crimes.
Brasil era um dos principais exportadores de algodão do mundo; hoje é um dos principais importadores. O algodão e os produtos manufaturados com esta milenar matéria prima do vestuário, estão entrando em nosso país, oriundo de um dos principais consumidores de nossos cotonifícios do passado: os "tigres asiáticos"... E mais interessante ainda, é que esses produtos (pluma e confecção) são subsidiados pelos norte-americanos, talvez interessados em expandir sua indústria automobilística em solo oriental. Resultado: morte à nossa lavoura de algodão e morte à grandes cidades, que prosperaram graças à produção de malhas de aceitação mundial.
Quando refletimos sobre quatro pilares fundamentais alicerçando o crescimento de uma nação: Trabalho - Educação - Saúde - Alimentação, relegados ao plano mais baixo de nossa história, mais inferior ainda, que nos tempos coloniais (aliás de lá para cá, só mudou a sede da corte...), entendemos que a pena de morte já foi decretada há muito tempo, não aos criminosos, mas ao povo brasileiro que a cada dia cumpre uma etapa de uma sentença, que nos parece ser perpétua.
Enquanto discutimos a punição pela morte no àmbito penal, deixamos de lembrar da pena decretada a nós mesmos, ao perdemos nossos ídolos e heróis, que no recesso de nossos lares, após uma estressante semana, nos alegravam e nos faziam esquecer os problemas do dia a dia, como: Ayrton Senna e os hilariantes "Meninos de Guarulhos". Tenho pena, sim; pena da morte de uma esperança que diziam: "era a última que morria...".