Usina de Letras
Usina de Letras
90 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62821 )
Cartas ( 21344)
Contos (13289)
Cordel (10347)
Crônicas (22569)
Discursos (3245)
Ensaios - (10542)
Erótico (13586)
Frases (51213)
Humor (20118)
Infantil (5545)
Infanto Juvenil (4875)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1380)
Poesias (141100)
Redação (3342)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2440)
Textos Jurídicos (1965)
Textos Religiosos/Sermões (6301)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Poesia Colorida -- 03/10/2002 - 09:11 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desde criança, encantava-me com as acácias floridas, na época do Natal e durante o verão.
Passava as férias na casa de praia que pertencia à nossa família, na Barra de Guaratiba. Lá, ficávamos rodeados de montanhas com diversos tipos de árvores, onde cantavam coleções de pássaros: sanhaços, bem-te-vis, canários-da-terra e outros de que não conhecíamos a identidade.
Bandos de andorinhas também tinham por lá o seu ritual artístico: apresentavam a sua dança, sempre às sete da noite, horário de verão.
Mas acácia... Ah! a acácia imperial dava o "show" principal.
Esta era de grande porte e jogava ao vento os cachos dourados, tendo como fundo o azul do céu. Era um fascinante quadro da natureza.
A árvore, quase desprovida de folhas, mostrava os cachos dourados, que soberanamente refulgiam sob a luz do sol escaldante. Parecia uma miragem do deserto a refrescar-nos a visão.
Embaixo, a relva verde salpicava-se de flores amarelas. O que para alguns era um verdadeiro milagre de beleza, para outros constituía desafio e sacrifício.
A moradora da casa em frente, cansava-se de lamuriar por varrer todas as manhãs centenas de flores amarelas que faziam com o gramado verde uma aquarela sem par... Linda!
Comecei a refletir sobre o motivo de alguém reclamar de inocentes criaturas que existem unicamente para dar beleza e sombra ao ambiente.
Só então pude observar que a vizinha de frente jamais tinha olhado para a acácia, do mesmo àngulo em que eu podia vê-la.
Para mim, era panoràmica. Deleitava-me os olhos que jamais se cansavam de beber tanta beleza. Enchia-me o dia de poesia.
Creio mesmo que, se fosse no meu quintal, as florinhas jamais seriam "varridas". Ficariam ali, a cumprir a sua missão de dourar o meu chão (fez-me lembrar um outro chão, o de estrelas...) e com o tempo serviriam de adubo natural à terra.
Para que mexer com elas?
Quem sabe talvez, um dia, para a vizinha resmungona não dourem também os cachos glamurosos da beleza interior e ela também fique inebriada com o "florescer na grama verde de seu imenso jardim"?


Milene Arder
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui