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Cronicas-->Fábula : raposa versus galo. -- 19/10/2002 - 23:16 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pois é, pois é, pois é, pois é! Esopo nào tem nada a haver, e nem a ver, com a fábula de dinhei-

ro que envolve esta crónica.

Para hoje, já escaldei o galo em água quente. Mais tarde, vou depená-lo. E, lá pelas 15:30 ho-

ras, a raposa já estará de faca e garfo nas patas, pronta para deglutir o bípede no restauran-

te do Mineirão.

Casa cheia, prato predileto e, de sobremesa, nenhuma surpresa: mais que setenta ónibus depreda-

dos. É assim que, pau latinamente, vêm sendo substituídas aquelas jamantas por coletivos do ti-

po van , mais adequados às vielas da cidade, planejada para ser capital por "saudoso" engenhei-

ro, que tinha raciocínio concreto e cujos restos mortais repousam em santa paz, na Serra do Cur-

ral, ao pé de um cruzeiro.

As seguradoras que se cuidem. A depredação e a repressão deverão ser limitadas à liquidez das

responsáveis pelo pagamento dos prêmios dos seguros aos concessionários de transportes coletivos.

E nada de lotar os dispendiosos xadrezes desta selva de pedras com a cachorrada , ou seja, a

sofredora, porém, muito útil, massa atleticana.

_ Tudo tem sua compensação! Disse o galo, e a raposa respondeu:

_ É, mas, se eu perder este prato de hoje, alguém vai pagar o pato aí pra frente, mas não vou

sair por aí quebrando tudo que vejo pela frente. Não quero ser duplamente desclassificada.


Massa enfurecida, quando mal manejada, revê erros de planejamento urbano a paulada.



[Com os cumprimentos do Tim, crente em árbitros, filho das arbitrariedades e serviçal de banque-

tes esportivos.]
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