"Nossa Que Cheiro De Bosta?"
KaKá Ueno...20 10 02.
Lá em baixo:
Aquele montante de gente...
Por cima, uma camada vazia...
Discursos que tornam-se ecos,
tanto do passado quanto no presente!
E minha mente já acostumada, não se procria.
Não ouço nem presto atenção!
São palavras ocas saídas da tua boca...
Horas que sinto um frio,
do medo das promessas não cumpridas...
Certa de que estou novamente,
ouvindo o que não mais interessa!
Novas propostas e velhas promessas.
Nunca honrasses o prometido!
Porque agora devo da ouvidos ao que dizem?
Meu busto exposto no meio da praça deserta...
Nobres visitante, com asas muito elegante...
És que defecam sobre nossas cabeças.
São os pombos e à s andorinhas...
Os morcegos e os ratos:
O que aconteceu com às gaivotas?
Porque desapareceram?
Coisa que tudo aqui combinam.
Os pardais cantam sempre à s cinco da manhã...
Eu posso ver à s horas numa réstia na beira do lago...
Quando a sombra do sol for encoberta:
quando o peso dos meus pés pisarem sobre ela...
Será absolutamente meio dia!
Neste instante, exala ao calor das doze horas...
Um enorme cheiro de bosta.
Quando o sol arder o centro da cabeça,
é hora de correr...
Ao caminhar:
Exalará aquele famoso, o odor:
O cheiro da bosta que corrói os nossos valores.