Preciso de um homem especial. Não algum que simplesmente mande flores porque se convencionou manda-las. É preciso que as flores contenham seu Amor.
Não é preciso que ele me faça poemas, se não quiser. Palavras comprometem. Preciso de sensações, de euforias momentàneas, acessos sentimentais. Que ele grite, chore, ria, mas viva seus sentimentos e me faça viver os meus. Preciso desta ousadia. Não me interessa se ele é ciumento, possessivo. Até gosto! Desde que o motivo seja absoluta paixão por mim, e não machismo desmedido.
Ele pode ser orgulhoso e ter suas infantilidades. Pode ter idéias absurdas e sair da realidade de vez em quando. Não me importo, porque ele também precisa ser livre. Não o quero preso a mim, mas ao Amor que sente.
Ah! Isto é muito importante: ele precisa ser romàntico. E não são romantismo as tais flores, nem os poemas. É não conhecer felicidade maior que minha presença. É ter na mente minha imagem, dormindo em sua cama, os cabelos espalhados, a respiração calma, e ser aquela, para ele, a sensação de paz. Romantismo é sentir saudade, rir de bobagem. Romantismo é amar.
Preciso de um homem que ame. E que ame antes de desejar. Mas que deseje por amar. Então desejará somente a mim. Porque ele deverá ser leal. Comigo, para não me trair. E consigo mesmo, para não trair seus sentimentos. Esta é a pior traição.
Preciso de um homem corajoso. Para sair pelo mundo, se necessário. Para enfrentar o mundo, se for o caso. Preciso de sua paixão, de sua loucura.
Preciso dele, e não sei se encontrarei. Nem sei se existe. Mas vou buscá-lo, mesmo que pela vida inteira.