Não apenas a palavra "liberdade" está para o consumo. A venda do livre está além dos rótulos dos cigarros e das escrituras jornalísticas. É antagónica à essência libertária. Talvez o verdadeiro desenvolvimento humano. Livre como os pássaros, as árvores e os índios.
Visto que nossa liberdade é irreal a ponto de prendermos pássaros em gaiolas, árvores em propriedades e índios em favelas somos hipócritas em defendê-la. O que vai de encontro com a "filosofia da marca Liberdade" é contra o desperdício consumista - peça chave do desenvolvimento tecnológico e destruição da natureza. Quem é livre não precisa iludir, o que é fundamental na atual sociedade. Ou não precisamos do Fantástico e espetacular no mundos das belas? Quanto mais a nossa economia fica fera, mais precisamos dos anestésicos muitas vezes enlatados. Mas, podemos escolher o canal. A liberdade de escolha e tantas outras besteiras que poderia continuar falando caso não fosse livre para terminar este quase-texto e etc - que era proibido até agora nas redações. Porém usando da liberdade escrevo dois parágrafos e chamo de crónica. "(...)como gente na prisão" - já dizia o Sasá Mutema.