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Cronicas-->Conflito de gerações. -- 24/01/2003 - 11:37 (Elpídio de Toledo) |
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Recebi um curto e-mail, mais ou menos, assim:
"O pequeno texto abaixo é realmente muito curioso.
Leia, e se surpreenda.
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Falando do conflito das gerações diante de uma associação de classe, o médico
inglês Ronald Gibson, começou sua conferência por quatro citações:
Primeira:
"Nossa juventude adora o luxo, é mal educada, caçoa da autoridade e não tem
o menor respeito pelos mais velhos. Nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos.
Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem a seus pais e são
simplesmente maus."
Segunda:
"Não tenho mais nenhuma esperança no futuro de nosso país, se a juventude de
hoje tomar o poder amanhã, porque essa juventude é insuportável, desenfreada,
simplesmente horrível."
Terceira:
"Nosso mundo atingiu seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais seus pais. O
fim do mundo não pode estar muito longe."
Quarta:
"Essa juventude está estragada até o fundo do coração. Os jovens são malfeitores
e preguiçosos. Eles jamais serão como a juventude de antigamente. A juventude de
hoje não será capaz de manter a nossa cultura."
Quinta:
"Estes filhos de hoje são setas viventes que nós, meros arcos, enviamos, olhando
o trajeto infinito, para que voem depressa e o mais longe possível. Deixemo-nos
nas mãos do Grande Arqueiro que nos empunha e direciona com alegria. Pois, Ele
ama as setas que voam, tanto quanto os arcos que estira."
Sexta:
"Seja feita a Vossa Vontade: cuide-se pra não levar uma flechada no trazeiro."
Somente após ter lido as seis citações, todas aprovadas pela assistência, foi que
o conferencista revelou a origem delas.
A primeira é de Sócrates, 470-399 A.C.;
A segunda, de Hesíodo, 720 A.C.;
A terceira, de um sacerdote que viveu no ano 2000 A.C.
A quarta, descoberta só recentemente sobre um vaso de argila nas ruínas da Babilónia,
tem mais de 4000 anos de existência.
A quinta teria sido de Khalil Gibran, em "O profeta".
A sexta é do Tim, crente em pomada para calo e cravo, filho do Arqueiro-Verde e servo das
sete súplicas do Pai Nosso."
Chegou em boa hora este e-mail. Pois, não faz muitos dias, comentava eu em família,
lembrando o início da lenda "Chapeuzinho Vermelho", em que a mãe recomenda à filha
para que dê Bom Dia à avó, olhando diretamente para ela, em lugar de olhar para os
cantos do quarto. E eu ainda estava ressentido de como as mocinhas, na mais recente
festa de Ano Novo, não se ocupavam com o cumprimentar os mais velhos ali presentes.
Lembrei a todos que minha netinha de quase 3 anos, Giovanna, chega em minha casa e
vem direto a mim, sem cumprimentar-me, embora toda alegre, já mostrando o seu coelho
de estimação. Preguei para que a ensinassem, desde já, a dar Bom Dia aos mais velhos.
Depois de receber este e-mail, concluo que civilidade é uma questão de herança cultural,
cabendo a cada família zelar para que seus filhos a conservem por um mundo melhor,
através dos séculos.
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