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Cronicas-->Máscaras -- 23/10/1999 - 12:00 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Bandeirante está reapresentando Zorro, o velho
seriado, em uma versão que confesso desconhecia.
De qualquer forma nunca fui especialista em
Zorro, apenas o apreciava. Ocorre que, esta
versão é ainda mais antiga que as que passavam no
meu tempo de criança. O bom e velho Sargento
Garcia ainda não tinha a barriga que o tornou
conhecido e ainda tinha o costume de se barbear.
A disposição para capturar Zorro contudo, já é a
mesma e não chega a preocupar ninguém. Embora
mais elegante este sargento não tem a graça do
velho Garcia. O fiel e mudo auxiliar de Zorro,
único a conhecer sua verdadeira identidade, ainda
era um rapazola. Na versão que eu conhecia ele já
era um senhor com uma careca maior que a minha.
Já o alcaide - não sei porque insistem em
pronunciar alcalde - ele é bem atual. Em todo
episódio, rouba de todos e do governo que
preside, mas felizmente é sempre desmascarado
pelo defensor do povo. Lá, graças aos bons
ofícios de Zorro, o produto do roubo é
invariavelmente restituído. Contudo, já naquela
época nada acontecia ao vilão que, sendo o chefe
do governo, naturalmente não iria mandar prender
a si próprio.

Zorro é um herói antigo, daqueles que não se
fazem mais. Nada de músculos bombados, nada de
lutas marciais. Sua arte é o esgrima e o
galanteio. Sua defesa a máscara. O bigodinho lhe
dá ares de picareta mas devia ser moda em Los
Angeles nos tempos em que ainda era mexicana.
Nada mais ingênuo que achar que a máscara mantém
sua identidade a salvo. A voz, os olhos, o
bigode, porte, maneira de falar, nada denuncia
Dom Diego De La Vega quando está com a máscara.

Nos dias de hoje vê-se que a história se
degenerou. Como na Los Angeles ainda mexicana
rouba-se muito, mas não há quem faça o papel de
Zorro para pelo menos restituir o butim a quem de
direito. Prender nem pensar, também já seria
demais.

Voltando aos disfarces, lembrei do Elefantástico,
outro mestre da dissimulação. Não lembro direito
se colocava um óculos, um lenço no pescoço (os
óculos nos olhos bem entendido), ou ambos e já se
sentia praticamente invisível, mesmo com seu
tamanho de paquiderme. E era mesmo pois ninguém o
reconhecia.

Deixando os heróis e lembrando dos criminosos, os
Irmãos Metralha também se valiam da máscara para
não serem reconhecidos. João Alves e os demais
anões do orçamento eram parecidos. Talvez por
sua baixa estatura, conseguiam esconder-se atrás
de um bilhete de loteria. Mas embora todos os
vissem, nada faziam. O máximo que conseguiram foi
mandá-los de volta para casa. Fizeram fortuna e
não houve Zorro que os fizesse devolver.

Voltando às máscaras há ainda o caso da Tiazinha
que também passa na Bandeirantes (talvez seja o
caso de uma fixação ainda não trabalhada). A
Tiazianha coloca aquela máscara como se fizesse
diferença. Considerando que o direcionamento dos
olhares não é mesmo para o rosto, o acessório
passa quase desapercebido.

Talvez fosse mais adequado um tapa olho.

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