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Discursos-->CIRANDA EM MINAS -- 25/07/2002 - 03:52 (Amaso Nib Nedal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O candidato Ciro Gomes fez caminhada na Praça Sete a aproveitou para tomar um café com correligionários (Foto Léo Drumond)

Iracema Barreto
Repórter

Ao desembarcar no final da manhã de ontem em Belo Horizonte, o candidato da Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB) à Presidência da República, Ciro Gomes, encontrou-se com o governador Itamar Franco (sem partido) no Aeroporto da Pampulha e os dois conversaram durante 15 minutos. Itamar retornava de Juiz de Fora (MG) e Ciro chegava à capital mineira, onde passou o dia em campanha. Após a conversa, que Ciro fez questão de classificar como “uma feliz coincidência", o candidato da Frente afirmou que, se eleito, abrirá espaço para Itamar em seu Governo.
“Se a sorte me sorrir, e eu for eleito, ele será o chefe do presidente", declarou Ciro, sugerindo que o governador terá poder de decisão em sua administração. Apesar do afago, Ciro Gomes negou que tivesse pedido o apoio de Itamar à sua candidatura. O governador mineiro já hipotecou apoio ao petista Luiz Inácio Lula da Silva na sucessão presidencial e, hoje, conversa com o presidente nacional do PT, José Dirceu, sobre como participará na campanha.
“Fui lá cumprimentá-lo. Não tratamos de política. Qualquer brasileiro que tenha o apoio dele deve se sentir profundamente honrado", afirmou Ciro. “Um homem à altura de Itamar Franco não pode ser aliciado", completou.
Ciro chegou à Associação Comercial - onde deu início a uma intensa agenda de atividades - acompanhado do assessor para Assuntos Especiais do Governo do Estado, Omar Peres, ex-secretário estadual de Indústria e Comércio. Antes de um encontro com empresários, o candidato recebeu das mãos do presidente da Associação dos Municípios da Área Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel), Wander Borges (PSB), um documento com a adesão de 27 dos 33 prefeitos que integram a entidade.
Ciro Gomes demonstrou irritação em relação às críticas que o adversário tucano, José Serra, tem feito à sua candidatura. Ultimamente, a página oficial de Serra na internet tem feito comparações entre Ciro e o ex-presidente Fernando Collor (PRTB). Ele enfatizou disposição de responder “a toda e qualquer" crítica, mas descartou a possibilidade de mudança nos rumos da campanha em virtude dos ataques. “O desespero é notório no comitê do candidato oficial", ironizou.
Na avaliação de Ciro, as suspeitas de ligação entre um dos principais coordenadores da campanha, o presidente nacional do PTB, José Carlos Martinez, e o ex-tesoureiro da campanha de Collor, não podem ser usadas para prejudicar seu desempenho. “Negócios particulares das pessoas que me apoiam não podem ser cobrados de mim".
O candidato da Frente Trabalhista evitou o confronto com Lula, seu principal adversário na corrida ao Palácio do Planalto. Ele minimizou a recente troca de elogios entre o petista e o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia. “Não paira nenhuma dúvida sobre a integridade do Lula".
A agenda de Ciro em Minas teve ainda uma caminhada na Praça 7. Antes de um comício à noite no centro de Nova Lima (Grande BH), o candidato esteve em Betim para um encontro com políticos da região e empresários.

Uma caminhada tumultuada pela Praça 7

Sidney Martins
Repórter

Alegria descomedida, bate-boca, batucada e tumulto. Assim foi a curta caminhada que Ciro Gomes fez ontem no Centro da cidade, culminando com um cafezinho no tradicional Café Nice, na Praça 7, repetindo uma tradição inaugurada pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek na década de 50. O clima de “já ganhou", negado por Ciro, foi acentuado pelos correligionários que o acompanharam.
O corpo-a-corpo começou a ser atropelado quando o candidato resolveu se encontrar com o cardeal e arcebispo de Belo Horizonte, dom Serafim Fernandes de Araújo, na Cúria Metropolitana. Pela agenda original, Ciro sairia da sede da Associação Comercial de Minas (AC Minas) e caminharia cerca de 300 metros metros até o Café Nice. “Quando soube que dom Serafim estava na cidade, pedi que marcassem um encontro entre nós", disse Ciro. O encontro foi intermediado pelo vereador Juarez Amorim (PPS) e aconteceu no horário previsto para a caminhada, às 16 horas.
Ao saber que Ciro não retornaria à AC Minas, a candidata do PPS ao Senado, Júnia Marise, tratou de iniciar a “caminhada" do alto de um caminhão com trio elétrico. “Vamos juntos nessa jornada!" conclamou, entusiasmando os cerca de 200 correligionários. Sem esquema especial para o trânsito, o tumulto foi inevitável. O trio elétrico parou na Praça 7, do outro lado do Café Nice. A concentração aconteceu em frente à antiga sede do Banco da Lavoura.
Às 16h50, Ciro chegou à Praça 7 e logo teve um bate-boca com um motorista de táxi, a poucos metros do Café Nice. “Mas que coisa chata. Estão atrapalhando o meu trabalho e amassando o meu carro", reclamou o motorista. “O que é isso? Me dê a mão", disse Ciro. “Não dou não", retrucou o taxista. “Você queria que eu chamasse a polícia para você", devolveu Ciro. “Queria sim", bancou o motorista. Percebendo que não ia dar em nada, Ciro encerrou o diálogo, pedindo desculpas a todos. “O bom é saber que estamos em uma democracia", disse.
Em meio a verdadeira maratona, Ciro conseguiu chegar ao Café Nice, onde passou a ser assediado por várias tietes. Uma delas, Clotilde Mascarenhas, 64 anos, não se agüentava de felicidade. “Eu beijei ele, eu falei com ele", glorificava-se. Literalmente imprensado, Ciro falou rápido com os jornalistas, o suficiente para justificar o apoio que vem recebendo de setores do PFL. “Uma campanha vencedora precisa de sustentação de centro", argumentou.
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