----- O sentimento apareceu-me espontâneo e nítido, há já cerca de 28 anos, mais ou menos, quando a minha vida sofreu uma estranha e brusca mudança radical que afectou toda a minha esperança no futuro: ao meditar sobre as criaturas que constantemente evocam Deus e em actos, também constantemente, infringem com aberto descaro as leis que em seu nome estão ditadas, a revolta assolou-me e passei a afastar-me de indivíduos tais.
----- Mais e mais, com o decurso do tempo, a revolta juntou-se à repulsa, e hoje não suporto mesmo nada os exactos fariseus hodiernos, não sepúlcros caiados de branco, mas tão só vermes perigosamente daninhos que desprezo sem hesitar, tenham eles a posição social que tiverem.
----- Escreva-se que alguns destes espécimes são autênticas montureiras de excremento humanóide, como o são por exemplo e sem dúvida, os padres que violam crianças e provocam imunda esterqueira em face dos olhos desorbitados do dito povo de Deus.
----- Daí, aqui na Usina, a antipatia virtual que nutro pelo contínuo e acumulado hipócrita que utiliza Deus na palavra e se revela no acto um perverso sem escrúpulos. Surpreende-me que hajam usineiros que lhe manifestem apoio! Trata-se dum jogo esconso que está à vista de mais.
----- Não se confunda pois ou sugira que não respeito ou considero as pessoas que crêm em Deus directo com sincera fé. Uma das minhas crenças estabelece-se no esforço de cumprir o mais exactamente possível a palavra em relação ao acto.
----- Parece que me fiz entender perante os benquistos de interpretação, e isto, para que eventuais tentativas de distorção não logrem a deturpação. Fica o texto, porque neste caso mais nada posso fazer. Ai... Se eu pudesse!
----------------- Torre da Guia ------------------
