----- Sobre o polémico tema que trata sobre religião, difícilmente abordarei mais aqui na Usina qualquer vertente.
----- Resta-me pois, esclarecer-me para que não sobre equívoco sobre a minha convicta posição, e daí fique este escrito a atestar o que de facto penso e sinto.
----- A existência ou não existência de Deus em nada me preocupa. Respeito, e já o afirmei por diversas vezes, os que de boa fé em directo nele acreditam, tanto como os que de igual modo não acreditam. Considero as pessoas pela qualidade dos seus sentimentos humanos.
----- Concebo um templo vazio de qualquer ícone, um espaço adequado à meditação, ora com recolhimento, ora com esplendor, onde cada um exercite o seu íntimo e estabeleça como sentir e entender a sua religiosidade, o "falar-consigo" e conseguir lograr espiritual alimento para a sua fé. Todo aquele que tenha capacidade e coragem de reconhecer-se não carece de ser empurrado por outros, tantas vezes ao Deus-dará do próprio ego.
----- Quando vou a baptizados, casamentos, funerais ou cerimónias que envolvam familiares e amigos, assisto aos actos respeitosamente erecto, mas sem me debruçar nunca a gestos ou palavras.
----- Claro que não suporto as pessoas onde detecto nítido o fingimento, ou seja, em vocabulário corrente, os que se armam em anjinhos pelas palavras e são luciferinos na acção. Ataco, censuro, critico, denuncio, luto para que semelhante espécie de pensar e agir se extinga.
----- Tão só.
------------------ Torre da Guia -----------------