São milénios... Milene, milénios e incontáveis toneladas de massa encefálica que nos atravessam o cérebro e se escapam de novo para se propagarem sempre além. Milénios, Amiga, de inexorável pesadelo que emsombra a jovialidade dos nossos sonhos e os submete à corrente da afectação.
Portuguesa, escreveste portuguesa e decerto nem conta deste da carga que a palavra tem e transporta. E afinal, Milene... Afinal a Língua Portuguesa nada tem a ver com a situação que ora se nos depara: o Teu abandono da Usina. Não... Não tem nada a ver.
Tem a ver, sim, com o cordel onde Te deixaste embaraçar, enrodilhar, amarrar... O cordel humano da promiscuidade encapotada. O versejo, a lira do chão, a rima e a métrica, também nada têm a ver com o poço que foste abrindo no decurso dos dias. O Brasil, o Portugal, nada, nada outrossim deverão ser chamados aqui. Tudo como está aconteceria do mesmo modo em inglês ou noutro qualquer linguarejo, o linguarejo poltrão, aquele que não tem nome e sai de repente das esconsas brumas que pairam sobre o humano degradante.
São milénios... Milene, milénios e incontáveis toneladas de "arteros" e quejandos poltrões que a espécie humana tem de arrastar mais além ainda.
Em Língua Portuguesa... Vem Milene, vem fazer face à pulhice. Se te coligas... Bom... Estarás colaborando com a hidra dos milénios e com o apoucamento da liberdade dos sentidos.
Os pardos que Te ladeiam estão sim a chantagear os mentores da Usina, persuadidos de que fazem muita falta. Só faz falta quem está.
Vás ou fiques... Crê, sempre Te desejarei vida suave e feliz. Vais com os "mestres"... "mestres" de quê?!