Era: será época, Serafim?
É o que está na iminência
Nada importa num tempo que não corre
As veias do mal ressurgem em novos corpos
Em corpos de castas altas
Mascaradas de pura benevolência!
A bondade não só de lá parte
Vem de poucas, também arte
O inferior, espelho da incapacidade
Envolvido pelo sentimento maldade
Busca ao superior inconsciente
Arrancar-lhe a carne com o próprio dente...
O nivel responsável seria
Para a média manter linear
Corrompeu-se, e o pico almejou
Em rolo compressor metamorfoseou-se
Levando aos esmagados à revolta
E estes abraçando a geração dele, sem volta...
A ira generalizou, dominando a todos
Pessoas não mais pessoas, todas tortas
Subjugadas, mandadas e alimentadas
Da maldade que armou-se; longa 9 mm
Liderando, não há mais perimêtro
Não há mais salvação; divida de meus votos
Liberdade, liberdade, onde estás?
Cortaram-me a língua...
Cortaram-me as pernas...
Cortaram-me a expressão de corpo...
Liberdade, liberdade onde estás?
Se no meio todos cospem em... [idem!]
Amor, amor onde estás?
Amei não fui amado
Amado não amei...
Amor, amor onde estás?
Também rendeu-se...
Obsoleto finando-se?