Tento olhar para frente e não me admirar, olhar essas coisas que se movem tão facilmente e sem culpas e não cair, se fosse fácil tamanha verdade e sua aceitação, o mundo seria um pouco maior em extensão, mesmo o achando ínfima parte de tudo que nem sei como chamar sua quase inócua presença universal. Se eu fosse um pouco mais poeta, ou simples poeta, encontraria palavras literais, infalíveis, quase científicas para declarar minha total e admitida falta de completude diante de seres humanos, e se alguma vez me sinto derrotado, desfalecido e aflito, busco em palavras escritas a real possibilidade de transformar meu momento em arte, única saída de nossa raça.