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Discursos-->A VERDADEIRA FACE DE ROSE DE CASTRO -- 13/04/2003 - 15:20 (Rose de Castro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A VERDADEIRA FACE DE ROSE DE CASTRO.













Acho que todos já me conhecem, mas vale relembrar:





Sou de família pobre para não dizer paupérrima. Quando pequena (aliás, não cresci muito), ajudava meus pais no que podia fazer com minhas mãos e corpo pequenos.


Aos 14 anos comecei a trabalhar e assim pude custear meus estudos. Começava minha trajetória...


Fui driblando os obstáculos, principalmente os sócio-econômicos. Aos 16, já bancava meus estudos e a casa. Só não pude instruir-me mais pelos motivos óbvios: a grana não dava...


Minha mãe foi ficando cansada de tanto lavar roupa pra fora. Meu pai já começava a apresentar sintomas de sua doença; não conseguia mais fazer seus “bicos”. Sua saúde foi ficando cada vez mais abalada.


Funcionário do Estado, jardineiro, pedreiro e tudo que precisasse fazer para sobreviver, ele fazia.


Hoje possuo uma vida quase estável. Continuo com meu trabalho no Hospital e fazendo trabalhos literários para término de curso ou período, discursos de formatura e tudo que aparece; já me encomendaram até discurso de funeral. Pesquiso o tema, estudo, busco a inspiração e eis que vem: a monografia, o ensaio, o texto, o discurso; e é deste “extra” que consigo obter minha maior fonte de renda. Pena que não é um dinheiro com que se possa contar pois nem sempre há trabalho.





Bonecas?... Não tive não. Gostava de brincar como toda menina, mas precisa escolher entre a boneca e a roupa. Gostava da bola de futebol que meu pai me deu e que foi dele quando ensaiava um jogo. Sempre tive habilidades com o futebol, com as pernas, com os pés. Driblei a bola. Até hoje ela está guardada, vazia e furada, no meu armário.





Não tinha pretensão de ser escritora, afinal, sempre me considerei “poeta”. Mas por uma dessas coisas que acontece na vida, comecei a escrever a dor da miséria, da destruição, do poder do rico sobre o pobre e quando vi, já não eram mais tão somente poesias, mas extensos textos. Na verdade, por mais que escreva sobre tudo, que ensaie um ensaio, que faça uma peça de teatro ou elabore um texto, sou mesmo é poeta!





Jogava bola com sentimento, como faço com tudo que amo. Na época da minha juventude, jogar bola era para homens, mas não me importava, mesmo jogando continuava com minha alma poética; e escrevendo... a dor da miséria, da humilhação, da fome, do trabalho escravo de crianças, do poder que mata, do desrespeito humano.





Escrevo o que minha alma pede. E ela pede paz e igualdade. Ela pede Democracia. Ela pede comida no prato. Sem armas na mão. Sem destruição. Peço união. Peço...peço... e encontro tantas almas perdidas na podridão!





Sou povo! Da forma que meu Pai me ensinou: sem esmagar quem levanta a mão nem tampouco o opressor. Mas me preservo dos enganadores e dos sem caráter.





Agradeço a família que tenho, pobre, mas linda e humana...Não tenho vergonha do meu passado, tenho orgulho.





Durmo e acordo com minha cabeça em paz de acordo com a Justiça Divina: Honesta, trabalhadora e acreditante na paz.





Amo meu País e acredito na vitória do bem contra o mal. Claro que com a parceria de meus amigos fiéis e meu cachorro, o mais fiel dentre todos.





Busco a paz, a justiça e... Nada mais. Utopias?





Esta é a minha face. Esta é a Rose de Castro.








//








Rose de Castro


A ‘POETA’





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