De fato, o Brasil mudou. Só que para pior. Nisso, Edgar Guedes Corrêa tem toda razão. Desde que FHC começou a governar, nossa dívida interna aumentou de R$ 80 bilhões para 900 bilhões, a inflação voltou com força total, os funcionários públicos ficaram 8 anos sem receber um tostão de aumento.
E aí aparece Lula-laite, o lulinha-paz-e-amor, o lulinha que iria mudar o Brasil. O que faz de concreto? Dá um aumento de 1,8% e mais 60 “pila” para os barnabés, enquanto arrocha ainda mais a população, com aumento dos juros básicos (taxa Selic), com a manutenção da alíquota de 27,5% para o Imposto de Renda (era para ser reduzido para 25%), enquanto fica falando abobrinhas em comícios públicos que nunca findam, embora a campanha eleitoral tenha terminado em outubro do ano passado. Para coroar o governo da “esperança venceu o medo”, os barnabés inativos e pensionistas vão passar a contribuir com 11% de seus salários...
Só não mudou o Edgar Guedes Corrêa. Continua mentiroso como sempre. Onde, algum dia, eu defendi Roriz com unhas e dentes? Para desmentir o petista mentiroso, transcrevo, abaixo, o artigo “Terceiro turno no DF”, de 31/10/2002, publicado em Usina de Letras. É exatamente tudo o contrário do que diz o Degas, quero dizer, o Guedes da Mentira.
Por falar em cassação, o que diz Guedes da Mentira sobre as acusações de o PT ter recebido propinas de empresas de ônibus de Santo André, para a campanha de Lula-laite? Há provas documentais disso. Além dessa safadeza, o que diz Guedes Mentiroso sobre as acusações do Deputado Federal, coronel Fraga, do DF, acusando o PT de ter recebido US$ 5 milhões dos narcoterroristas das FARC? Até agora, o deputado não foi chamado para se explicar no Conselho de Ética da Câmara. Assim, ou ainda vamos ver o Deputado dando explicações, já que a acusação é muito grave, ou tudo é verdade mesmo e a mídia, dominada pela PenTelhada, não comenta o assunto para cair no vazio.
Quem sabe, começa-se a rezar a velha oração de São Francisco, deturpada por congressistas corruptos, “é dando que se recebe”. Só falta Roriz escapar da cassação por conta do dinheiro das FARC... Já imaginou o título na capa do Correio Braziliense, o antigo “diário oficial do PT”: Roriz é salvo pelas FARC!
Caro Guedes: como você pode deduzir do texto abaixo, nem Roriz nem Magela merecem governar o DF. Nossa população merece coisa melhor.
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Terceiro turno no DF -- 31/10/2002 - 17:50 (Félix Maier)
É, não tem jeito. Novamente, como em 1998, a população brasiliense se defronta com um “terceiro turno” para governador no Distrito Federal. Nas ruas, como na história de um conto fantástico, continua a briga do “bumbá da vaca louca” em que se transformou a Parintins candanga. Apesar do fim das eleições, a briga bovina continua: de um lado, as chifradas do boi garantido (vermelho petista), de outro lado, as chifradas do boi caprichoso (azul rorizista).
Como perderam novamente as eleições, os petistas, inconformados, dizem que foram roubados. Geraldo Magela, candidato derrotado, fez um monte de acusações, porém sem provas, que configurariam crimes eleitorais, como compra de votos (R$ 50,00 envoltos em camisas de campanha) e transporte de eleitores aos locais de votação. Ao mesmo tempo, os militantes de Joaquim Roriz, governador reeleito, acusam o PT de ter distribuído “santinhos” em cidades satélites, em que foram impressos números e nomes para ludibriar o eleitor, de modo a cravar o voto em Magela.
Na verdade, os dois candidatos deveriam ter sido cassados durante o 2º turno, tais as acusações graves que pesam contra ambos. Roriz é acusado de estar envolvido com a grilagem de terras públicas no DF. Magela é acusado do mesmo crime, que teria sido cometido quando foi Secretário de Habitação do Governo Cristóvam Buarque, além de sofrer acusações de enriquecimento ilícito (veja meu artigo “Eleições no DF – 2º turno”). Além disso, ambos os candidatos prometeram tanta coisa, que parecia um concurso de Papai Noel contra Coelhinho da Páscoa. Como no jogo do truco, a cada oferta de um, o outro cobria com uma oferta maior ainda. Roriz tem o Renda Minha? Magela apresentou o Bolsa Escola. Roriz tem o cheque-família, de R$ 100,00? Magela tirou da cartola o cheque-alimentação, com os mesmos R$ 100,00. Roriz roubou a idéia do primeiro emprego para jovens, de R$200,00? Magela fez uma contraproposta com o mesmo valor e objetivo. Roriz dá pão e leite para 90 mil crianças, diariamente? Magela fará o mesmo.
Na verdade, essa safadeza eleitoral não difere em nada daquele velho costume coronelesco de doar comida, cimento, feijão, dinheiro e até dentaduras para angariar votos. Agora é tudo institucionalizado, desde que Cristóvam Buarque criou o Bolsa Escola. Hoje, o Brasil virou um país marsupial, como disse Jarbas Passarinho, tem bolsa para tudo, só falta o bolsa maconha, que será fornecida à população “carente” de droga, caso Fernando Gabeira seja eleito presidente do Brasil.
Que se dê o Bolsa Escola para famílias pobres, tudo bem, desde que o(a) chefe de família ou algum de seus membros contribua com algum tipo de trabalho. Como diz o ditado, deve-se ensinar a pescar, não apenas dar o peixe. Certo, quem tem fome precisa primeiro comer. Mas deve trabalhar em troca, para que a entrega de alimento ou dinheiro se torne uma ação digna, não uma esmola que se prolongará por todos os séculos dos séculos amém.
Do jeito que a coisa vai, muito malandro nunca mais vai querer trabalhar e até já deve ter encomendado uma rede nova para descansar sua modorra e sua preguiça – ao mesmo tempo em que enche o bucho da comadre com mais um bacurizinho. Vamos voltar à figura do Jeca Tatu, criada por Monteiro Lobato, aquela criatura bisonha, preguiçosa, que se encosta na enxada ou no barranco, com um palheiro na mão, para ver a vida passar, não fazendo nada para melhorar de vida. Resumindo: recebeu dinheiro ou alimento, tem que devolver em forma de trabalho. O Brasil é muito pobre para dar tudo de graça. Pois não há tantos desempregados, passando fome? Que pelo menos trabalhem, para o Governo ou para a entidade que forneceu a bóia, a cesta básica, o cheque-alimentação ou o vale-gás. Chega de vagabundagem!
Como eu já havia escrito em “Briga de Porco Grande”, se forem verdadeiras todas as acusações que choveram sobre os candidatos a governador do Distrito Federal, a opção da população candanga ficava em escolher entre o porco e o suíno. Por isso, anulei meu voto. Sinceramente, os eleitores de Brasília mereciam ter recebido melhores opções de escolha este ano.
Mas, o choro é livre. O PT tem todo o direito de espernear, de exercer seu “jus lacrimejandi”. O saco é ter que ver e ouvir ainda, durante um bom tempo – o tal “terceiro turno” aludido acima –, o choro e o ranger de dentes da PenTelhada.
Quando será, enfim, que a população brasiliense vai tomar vergonha na cara e se livrar desse carnaval de Parintins local, mandando para o abatedouro tanto o boi garantido quanto o boi caprichoso?
É hora de mudança! Para as próximas eleições, que tal trabalhar as candidaturas do Prof. Carlos Alberto (PPS) e do deputado distrital Rodrigo Rollemberg (PSB)?
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Obs.: O “discurso” de Gudes Corrêa pode ser lido abaixo, publicado em Usina de Letras no dia 11/03/2002. Eu, que esperava ler de fato um discurso, só li um panfleto de menina histérica...
O Brasil mudou! E o Felix Maier? -- 11/03/2003 - 20:28 (Edmar Guedes Corrêa)
Agora não tem mais jeito: ou o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, renuncia ao mandato ou vai ter sua candidatura cassada. Usou a máquina administrativa para se reeleger e vai ter que entregar o cargo ao concorrente. Os abusos de poder foram tantos que o TSE não teve outra alternativa cassar a candidatura desse individuo. Parece que finalmente as coisas andam mudando no Brasil: Os caciques que se apoderaram do Brasil desde o descobrimento estão sendo desmascarados. Roriz, ACM, Jaime Lener... Muda Brasil!
Por falar nisso, o que o nosso colega, Felix Mayer, que defendeu Roriz com unhas de dentes durante a campanha, tem a nos dizer sobre isso? Será que ele vai dizer que a cassação do registro do “Grileiro” Roriz é mais uma armação do PT?
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Em tempo: “A mais bela do mundo!”
Talvez Guedes da Mentira tenha dito que eu defendi Roriz “com unhas e dentes” por ter escrito um artigo sobre a Terceira Ponte ou Ponte JK (“ ponte da inimizade”), que liga o bairro do Lago Sul ao Plano Piloto, eleita por engenheiros da Pensilvânia como a mais bela do mundo em 2002.
Para lembrar: a PenTelhada sempre foi contra a construção da ponte, inventando que havia sido superfaturada, que isso, que aquilo. Mas, aí está ela, de beleza escultural, o mais novo cartão-postal de Brasília.
Comentar uma grande obra, como a Ponte JK, não é “defender Roriz com unhas e dentes”. É apenas reconhecer uma grande obra, coisa que a PenTelhada, cega de inveja, não consegue ver.