A Terra é uma estrela de primeira grandeza, sagrada e livre.
Não possui dono. É pureza na perfeição. Nossa casa que devemos cuidar, amar e respeitar. Ela nos doa, dia após dia, toda a sua eternidade, que por mais que ameaçada pela insanidade dos homens, oferece seu coração de mãe, com sua extrema bondade e paciência para conosco.
Terra! Mãe que vive grávida doando seus filhotes, para restabelecer a paz em sua caminhada.
Nada do que eu possa falar ou descrever, compara-se ao tanto que és tu. Tua energia transborda nosso reservatório de água, fauna e flora. Na Terra e em nossa terra interior. Nossos órgãos vindo das sementes da terra. Das minhocas. Do poder concentrado da lama medicinal.
Terra!...Terra!...cantar louvores a ti, é muito pouco. Somos tuas raízes. Teus galhos disfarçados de cabelos. Tuas árvores. Tua água que não te molha.
E enquanto isso... bichos alfabetizados, continuam sorrindo um forte descaso em escárneos. Loucos homens vãos. Pobres mendigos de sentimentos. Homens de lata. Bronze. Ouro e mais nada.
Alimenta-me, mãe!!! Com seu solo natural que se formou desde o primórdios, e que nunca maltratou seus filhos.
Mãe...com teu solo natural; doa-me. Eis que neles estão concentrados todo o reino animal, mineral e vegetal. Toda a força das montanhas de pedras, de terra, de gelo. Perfeito. Não necessito de nada mais. Como o teu peixe sagrado. Alimento-me com teu pão abençoado e recrio, em cada dia, meu amor às tuas demonstrações de compaixão para com a nossa raça, consagradamente, inferior.
E mais tarde quando me for, em ti estarei eternamente em berço esplêndido. Mas tu, para provares que sou eterna, conservará meus dentes e cabelos para que eu me perpetue.
Reproduzi a santa ceia em meus olhos de terra agora. Reconstrução exata. Infelizmente, Judas ainda esta lá.
Beijo, mãe, no seu coração de mundo, traduzido em português...