Não possuo dogmas. Nem prefixos ou sufixos. Ouço vozes que nascem do meu interior, percorre meus vasos sanguíneos até a minha cabeça, que projeta a imagem em alto relevo. Elevando-me com o pulsar do meu coração. Meus neurônios calam-se e transmitem-me as letras que amontoam-se no papel.
Ouço vozes e estou longe de ser Joana D’Arc. Vejo as cenas que abrem-se no céu como uma revelação, e não sou vidente. Sinto a corrente de energia quando minhas mãos tocam o universo que me confirma, todos os dias, que cá estamos normais. Este é o nosso Planeta.
Repito gestos de reverência e agradecimento à natureza. Rotina embalada por meus credos e segredos universais.
Dispo meus pés. Dispo minhas farsas. Dispo minhas caras e bocas. Dispo-me e descanso minha matéria pisando na terra que é sagrada. Cuidando das minhas plantas que agradecem-me com oxigênio. Pássaros bailam proporcionando-me o êxtase da leveza. Minha alma voa com eles. Encontro o céu, o sol e o mar. A paz na terra. O cessar fogo. Findo a tirania. A ambição e a destruição. Paz...nos pássaros e em mim.
Não possuo partidos. Meu único partido é o que luta para que o planeta não se torne um deserto. Que o deserto não se torne ouro sem sentido. Que a terra receba o carinho e respeito. Porque é nela que depositarei meus ossos e virarei semente. Espero que ela resista, pra que quando eu me for, nela encontre meu repouso.
E como diria o poeta e cantor Taiguara: “...no deserto do universo sem amor...”.
Universo Terra: animal, mineral e vegetal.
... e a poeta descansa os olhos no infinito e busca na salvação do verde, o dogma da verdade...
Sou uma ecochata!! Como diriam os mais nobres: os chatos fazem ecooooooooooooooooo.