Discurso proferido na solenidade de entrega da premiação do XXVII Concurso Literário Felippe de D’Oliveira. Santa Maria, 23.08.2004.
Excelentíssimo Senhor Carlos Alberto Buzatti
Presidente da Câmara Municipal de Vereadores
Excelentíssimo Senhor Hmberto Gabbi Zanatta
Secretário de cultura nesse ato representando O prefeito Municipal em exercício
Senhor Máximo Trevisan
Presidente do Conselho de Cultura
Senhor Antonio Candido de Azambuja Ribeiro
Presidente da Associação Santa-mariense de Letras
Senhora Haideé Hostin Lima
Presidente da Casa do Poeta de Santa Maria
Senhoras vereadoras
Senhores vereadores
Senhoras e senhores
No distante ano de 1977, quando o então vereador Orcy de Oliveira encaminhou um projeto de Lei criando um concurso literário, possivelmente não tenha imaginado a grandiosidade de sua proposta e a importância para literatura santa-mariense.
Na cidade coração do Rio Grande estava sendo viabilizado um evento para projeção de novos escritores.
O Concurso Literário Felippe D’Oliveira coloca Santa Maria no cenário da literatura brasileira e enquadra-se entre os maiores eventos literários do Brasil.
Esse concurso homenageia um dos poetas mais ilustres, talentosos e inquietos, que essa Santa Maria da Boca do Monte produziu.
Felippe Daudt Alves de Oliveira nasceu num 23 de agosto sobre o manto branco de uma geada do inverno de 1890. Concluiu o curso de Farmácia em Porto Alegre no ano de 1908. O jovem Felippe não veio ao mundo, apenas, para ser farmacêutico e continuou seus estudos e sua obra literária no Rio de Janeiro, publicando poesias, crônicas e contos em jornais e revistas.
Neste agosto de 2004 em que debatemos a democracia e a liberdade de imprensa como bens maiores de um povo e também lembramos os 50 anos do suicídio de Vargas, é oportuno salientar que o nosso poeta santa-mariense foi exilado em Paris, justamente por ser contrário a ditadura imposta pelo presidente Getúlio Vargas em 1932.
Felippe D’Oliveira morreu jovem, aos 42 anos, em um acidente automobilístico nas proximidades da capital francesa.
Em sua vigésima sétima edição foram inscritos 228 contos, 115 crônicas e 313 poesias. Totalizando 656 trabalhos procedentes dos mais variados lugares.
Participaram desse concurso 332 trabalhos escritos e inscritos por Santa Maria, portanto constatamos que a nossa cidade cultura tem uma efervescente produção literária; 97 inscrições são oriundas de outras cidades gaúchas e 225 trabalhos são provenientes de dezessete estados brasileiros.
Dois contos vieram da França, que por coincidência ou licença poética do destino, a mesma terra que deu o último adeus a Felippe D’Oliveira no dia 17 de fevereiro de 1933. Nesse sentido podemos afirmar que o Concurso Literário Felippe D’Oliveira, assim como o escritor Felippe D’Oliveira, ultrapassou as fronteiras do Brasil.
Gostaria de fazer um agradecimento especial a professora Maria Regina Caetano Soares e a professora Jandira Pillar, que juntos tivemos a difícil e gratificante tarefa de escolher as crônicas vencedoras numa manhã ensolarada no mezanino da biblioteca.
Ao professor Evandro Caldeira, a professora Marta Genro Appel e ao Ubirajara Anchieta que fizeram a seleção das poesias.
Um agradecimento especialíssimo a professora Selma Feltrin, a professora Marisa Bastos e ao Leonardo Brasilense que tiveram a árdua tarefa para julgar os contos. Digo árdua tarefa pelo seguinte motivo: se arbitrarmos três folhas por inscrição, cada um dos jurados leu um livro de mais de 700 páginas para selecionar os contos vencedores.
Quero externar um fraternal agradecimento a professora Edi Vivian Diretora da Biblioteca e as equipes da Secretaria de Município da Cultura e da Câmara Municipal de Vereadores pela dedicação na organização desse concurso e dessa solenidade.
Aos vencedores do Felippe D’Oliveira meus cumprimentos pela excelente qualidade literária dos seus trabalhos.
Por fim, gostaria de agradecer as entidades as quais representamos nesse vigésimo sétimo concurso: A Casa do Poeta de Santa Maria, a Associação Santa-mariense de Letras, a Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria e ao Centro Universitário Franciscano.
Muito obrigado.
Artigo publicado na Zero hora do dia 24 de agosto de 2004 sobre os 50 anos da morte de Getulio Vargas.
Pai dos Pobre e da “Polaca”
Uma pendenga com o Mercado Livre que é um dos patrocinadores da Usina.
Cuidado com o Mercado Livre
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