Não somos bestas de pensar que o dinheiro não rege tudo no mundo, mas nem por isso vamos abaixar a crista e aceitar cordeirescamente tudo que nos impuserem os cada vez mais ousados donos do mundo.
Digo a vocês que tem muita falácia quando se fala em custo.
Tem coisas que realmente são trabalhosas, mas quando se fala em custo, na verdade se fala de quanto se quer/pode lucrar com alguma coisa.
Eu sei, e vocês também devem intuir algo semelhante, que muita coisa que é cobrada hoje dos cidadãos, poderia e até mesmo deveria ser gratuita, mas tem uma porção de gente por aí que se aproveita ou até mesmo planta psicológicamente, necessidades nas pessoas.
O que é a internet, e nisso se insere este movimento literário que ainda se ignora por ser restrito a iniciados/elites senão uma necessidade inerente ao ser humano de se comunicar e conhecer?
Diante dessa necessidade, por causa dela mesma, é que a coisa se desenvolveu.
Que tem custo, todos sabemos, mas sabemos também que tem muita propaganda, muito negócio que se pode fazer, e ganhar dinheiro, sem cobrar do usuário que, na maioria das vezes está apenas buscando uma forma mais instantânea de se expressar, que lhe é dificultada na vida real pelos tais custos.
Aí eu vejo uma maneira de se ganhar dinheiro mais rapidamente, e de se elitizar mais ainda este meio de comunicação ímpar.
No caso da Usina, ela começou inteiramente gratuita, depois surgiram os serviços pagos, até aí tudo bem. Evoluiu para a assinatura, sendo que os novos integrantes somente tinham a opção de pagantes, os velhos foram convidados e os que não aceitaram, foram poupados.
Daí em diante formaram-se duas classes: os pagantes que se acham no direito de esculhambar e botar para fuder, pois que pagam, e os não pagantes, muitos de grande valor qualitativo nos textos que publicam, mas que por serem caronas passaram a ser encarados como aproveitadores.
Até então, mesmo com a guerrilha letresca instalada, todos tinham as mesmas oportunidades, o que enciumou os pagantes, que por serem pagantes, queriam ter mais privilégios, mais do que os que tinham desde que pagavam, pois a concorrência com os não-pagantes lhes enchia o saco.
Por estes os caronas do site, que ajudaram a engrandecê-lo com suas obras, deveriam se fuder de vez.
Como resultado, "o poder da grana que ergue e destrói coisas belas(CAÊ)", jogaram os não-assinantes para debaixo do tapete, sem cerimônia, sem aviso, sem nem dizer: com sua licença, mas eu vou te fuder.
E isto não é algo isolado, aconteceu, acontece e acontecerá.
Mas nós não podemos ficar caladinhos, pois quando HPG tirou todo mundo do ar, sem avisar, para obrigar a cobrança, muita coisa boa se perdeu. Com o KITNET aconteceu o mesmo.
Quando criam o vício, metem a faca e passam a cobrar pela coisa.
Isso no meu entender é ardil.
Agora, se há despeza, se é preciso contribuir, existem mil maneiras de se conseguir grana, sem penalizar os usuários, que passam a parecer cifrõesinhos para olhos endiabrados.
Pensem nisso e nunca, nunca se calem diante dos que querem tirar proveito de vocês.