1908 - 1980
Honestidade - Hombridade - Dignidade
Último Primeiro-Ministro de Portugal Soberano e Independente
Notável jurista e político nascido em Lisboa, foi uma das principais personalidades do Estado Novo português. Trabalhou com Salazar, então ministro das Finanças (1929) e ajudou a esboçar a constituição portuguesa (1933). A ele se deve a sistematização do regime corporativo, inspirado no modelo italiano, e a redacção do Código Administrativo Português que os actuais "desgovernantes" não cessam de descodificar. Designado ministro das Colónias (1944-1949) e da Presidência (1955-1959), foi também, por inquestionável mérito e superior inteligência, reitor da Universidade de Lisboa.
Quando Salazar sofreu um derrame cerebral (1968), sucedeu-lhe no governo português, tendo sido nomeado primeiro-ministro.
Considera-se que não conseguiu controlar as graves dificuldades políticas que se lhe depararam, embora seu governo tenha admitido alguma abertura à oposição e haja rectificado importantes preceitos constitucionais. O descontrolo da inflação, a política na África, a insatisfação no exército e as muitas críticas internas e externas que se seguiram, culminaram com a Revolução dos Cravos, que derrubou o Estado Novo (1974).
Foi então respeitosa e cordealmente acolhido no Brasil, onde dirigiu o Instituto de Direito Comparado da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, situação em que morreu pleno de desgosto e de desconsolo com a pátria.
Acrescente-se que era um homem rigorosamente honesto, impecável humanista e civilista inequívoco, traído e rebaixado por uma cambada de ladrões-vendilhões que submeteram a nação portuguesa ao actual servilismo inútil em que está mergulhada... Decisivamente, com os portugueses de gatas, a caminho da extinção.
E os ventos da história não soprarão ao advir nenhuma outra verdade: os que estiverem inocentes serão tão só filhos e netos do câncer político da traição. Entretanto, a ideia de Portugal vai apenas existindo de raciocínio vendado.
Torre da Guia
PS = Indigna, revolta e até dá vómito a forma como o actual regime político português trata a memória de Marcelo Caetano.