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Discursos-->A FÉ E O TEMPO -- 01/11/2004 - 22:49 (Antonius) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em comum entre os homens primitivos, Einstein, Descartes, Sócrates; entre os nativos da África ou da América; entre as civilizações antigas e modernas, enfim, em comum a todos os homens e em todas as épocas, há a crença em algo superior, intangível; algo este, que comumente dá-se o nome de Deus.

Diferencia-se a forma da crença, as formas de exteriorização desta crença, mas o fundamento é sempre o mesmo.

Irrompe do fundo da mente, do coração, da alma, a certeza de um Ente Maior que vaga no infinito, nos elementos, no íntimo d alma, por vezes, confundindo-se com estes.

O orgulho e o egoísmo podem sufocar esta intuição que normalmente é quase sempre lúcida e perfeita. A miopia ao Sublime e Superior vem também de nossos desejos sempre imediatistas; sempre a ânsia por respostas concretas, eloqüentes, falazes, que nada dizem à alma. A pseudograndeza humana, esta supremacia aparente é sempre lançada ao pó, e então, faz jorrar após os reveses, mais viva do que nunca, a certeza da nossa pequenez ante o Desconhecido Senhor dos mundos.

Quando jogados no Paul das dores, tentamos arremeter, nos ocultar em nós mesmos, nos fecharmos aos olhares alheios, mas não nos ocultamos de nossa consciência, de nossas reflexões que nos impele, nos cobra curas de nossas angústias. Alívio. Necessitamos de alívio para o corpo, para a alma. Onde encontra-lo? Em nossos semelhantes, que estão às voltas com as próprias dores? Não! Definitivamente não. .

O alívio para a alma nos momentos extremosos terá de vir de mais Além, de um Ser Maior: Deus.

Para cada homem em seu devido momento psíquico, um Deus específico, ou mesmo um ante-Deus, que será por certo Verdadeiro para as horas mais difíceis; para as horas amargas.

Assim, aos primitivos o Sol, a Lua, os ventos, a noite, o dia, a chuva; tudo é Deus, tudo é temido e amado. Tudo é complexo e incompreendido. Rituais de fogo, de água, de sangue.

Correram as eras, evoluíram os homens, evolui a fé.
A arte, novos pensamentos, novas filosofias. Novas maneiras de retratar a Divindade em suas várias formas e atributos. Então, Deus é trazido a imperfeição, com razões e desejos, com nossas sedes. Erigiu-se templos, estátuas com contornos "perfeitos" das formas dos homens e mulheres: o Eterno e o Imponderável trazido ao imperfeito e tangível: o homem a começar a também se crer deus. Começava a se alimentar do fruto proibido: o fruto do conhecimento. O fruto que tornaria o homem um Ser Maior a cada dia.
O fruto que nos perderia para sempre, por lançar-nos fora do Paraíso? Não. Era o fruto Sagrado que através dos séculos dos séculos tornaria o Espírito forte, tornaria os Espíritos Superiores em intelecto e moral.

Seriam (e serão ainda) necessários milênios para se moldar, para lapidar os brutos que ao principiarem seus aprendizados, já de início, trariam a grande marca dos ignorantes: o tudo saber, tudo dominar. Nós, crianças rebeldes, conduzimos assim em nossa infância ida, os nossos estudos abarrotados de orgulho e vaidade: glorificando a matéria, crendo-nos senhores do Universo.

Porém, quando nas esquinas dos tormentos, curvávamos ante o Ser Maior e seguíamos aos templos de pedras; e às pedras lançávamos nossas oferendas ao deus da Guerra, dos Ventos, dos Mares, do Amor, dos Cereais, do Vinho, da Fertilidade, da Morte. Para cada situação um deus, para cada deus um rito, para cada rito uma oferenda, para cada oferenda uma esperança. Em cada esperança o extravasar de nosso embrutecimento.

Muitas as situações, as condições, as filosofias, portanto, muitos deuses. Deuses que exigiam ouro, sangue, armas, sexo como dádivas.

No entanto, Deus que é Eterno e Infinito, que sempre por nós foi concebido à nossa imagem grosseira e imperfeição, jamais nos desamparou, jamais nos legou ao abandono de nossa ignorância, nem nas mais atrozes, e nos enviou sempre Seus Mensageiros (nossos irmãos mais velhos) para nos guiar, nos mostrar os rumos. Este Deus em Verdade juntou todas as nossas trevas e a jogou sob a Luz mais resplandecente. Luz, a mais aura: Jesus.
E naqueles dias começou a morrer o deus da guerra, do sangue, da terra, da morte. Nascia para nossas mente e nossos corações o Deus Verdadeiro. Não era mais o Deus dos altares dos templos de pedra, não mais dos elementos (nos elementos). Nascia Deus diáfano no coração; diáfano e vivo. Deus se transfigurava em Vida, Amor, Luz: Pai.

A Luz jamais desvaneceria, nada mais a ofuscaria.

Os séculos correriam a levar incessantemente a todos os corações a Boa Nova. Mesclaria-se com as taças transbordante de egoísmo e em muitos corações se fundiriam com as rochas e com o sangue, até se sobressair, cumprindo o inevitável: a Luz sobre as trevas a nos resgatar, nos redimir; a nos iluminar mais e mais a cada século, a cada ano, a cada dia, a cada segundo.
A Eterna Evolução no trilhar da história aos poucos vai crescendo, se agigantando para a vitória do Maior sobre o menor, do Eterno e Verdadeiro sobre o equívoco e passageiro.

Não mais mortificar nossos corpos em holocausto ao Criador, e sim o Espírito e nossas misérias morais para reconstruirmos a nova Humanidade. Hoje ainda é passível ao homem se ajoelhar aos pés das pedras evocando o imponderável, pois ainda necessita do palpável para crer; escravo ainda dos sentidos, ouve os chamados do Alto e se atira ao que pode ver com os olhos da matéria, mirando o invisível. O Céu o acata se trás a pureza na alma, na consciência.

Lembremos sempre que nenhum esforço é vão, mas é mais frutifico com a alma mirando os Céus. Lembremos sempre que a matéria vem da matéria e volvera a matéria em seu ciclo perfeito, e que é o Espírito que viverá sempre, portanto, é este tem de ser burilado, fustigado; é este que necessita romper os grilhões que o prende ao solo, para alçar vôos aos espaços infindos.

Dia virá em que todos nós, espíritos habitantes deste Planeta, entenderemos todas as lições do Cristo. Dia de venturas sobre a Terra em que a Fé será lúcida, e acima de tudo imaterial. Dia em que as Luzes reinarão, dia em que Deus será conhecido em Sua Plenitude. Dia em que a religião será Deus; o templo os corações; a filosofia o Amor; o ideal de todos: Jesus. Viveremos deste dia em diante em um planeta regenerado.
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