Hoje a vi... e pareceu a mim, como ramos oscilando suaves ao vento da manhã...
E ela falou-me... e suas palavras eram para os ouvidos da alma como os elementos que incorporam as notas de uma canção da eternidade, tocada em um alaúde bem tocado...
E chamou-me... e ouvi o seu chamar, não como um convite, mas como uma profecia cumprida quando proferida.
E meu coração andou pelo seu caminho, e tomou as suas asas, e voou as alturas do seu altivo caminhar...
Depois tocou-me... e uma sensação nova de vida, percorreu as minhas entranhas, e senti-me ressurreto, assim como vive todo o que por ela é tocado...
E alimentou-me... e senti-me como assentado a um banquete eterno, comi do seu corpo, e bebi de sua alma, e passei a ser a essência do seu ser; e o soprar das suas narinas é o respirar do meu coração...
E eu a amei... mas o amor do meu coração não é o meu mas o dela, porque feito não com os elementos de terra dos quais sou tecido, mas dos de uma eternidade que os terrenos só de longe ouviram falar...