Sou todo de letras moldado em palavras
Entre actos perdido, tenaz à procura
No verso-inverso e até na loucura
Procuro a razão sob as letras bravas
Das noções omissas, das causas macabras,
Dos motivos vivos que tantos sem querer
Tiveram de arrostar e mesmo de morrer
Pelo seu suicídio, ó Mestres sem par...
Mas eu não desisto porque hei-de chegar
Aos cegos da vida que me saibam ler.