Meu caro irmão Almir, cara cunhada Tereza, caros sobrinhos
Minhas amigas e meus amigos
Este não é o momento para discursos, para proferir suntuosas, longas, insípidas e desgastantes peças de oratória, pois este é um momento que exige alegria, confraternização e poucas palavras. Apenas, sorrisos, conversas e calor humano que todos, com certeza, trouxemos.
Estamos celebrando, todos juntos, o aniversário de nosso jovem Almir. Jovem, porque não acredito na velhice, porque somos apenas menos jovens. É a nossa idade. Minha, dele e de tantos que aqui estão. Repito: somos apenas menos jovens, um pouquinho mais crescidos que os mais jovens.
Almir é um menino travesso. Não quer saber de parar. Está sempre achando coisas para fazer. E fazê-las bem. Tanto se poderia falar sobre o Almir: do que fez, do que está fazendo, do que virá a fazer, nesta longa jornada que ainda tem a enfrentar. E muito! E o templo maçônico de nossa Loja Abrigo do Cedro que está por terminar, mercê do trabalho incansável de todos os irmãos da Loja, dos amigos e do construtor maior que é o nosso Almir. Estou quase a me lembrar do Templo do Rei Salomão, que para nós, maçons, é muito caro.
Ainda ontem, ele me contava passagens de sua vida de pioneiro, junto do nosso grande presidente, o nosso Juscelino Kubitschek. Narrava os primeiros tempos da pré-Brasília. Emocionei-me e, certamente, ele também.
Se continuasse a falar, acabaria com a festa, porque teria tanto que dizer, que lembrar e não teríamos tempo para nos confraternizar.
Paro por aí, nesta estação, porque o telão está a mostrar o que é Almir. Nada mais é preciso.
Entretanto, apenas recordarei que Almir é um predestinado.
E que alguns pensam que vivem, mas estão totalmente enganados. Iludem-se. Vegetam, no fausto inglório. Afundam-se, na miséria humana, na riqueza material que não leva a lugar nenhum. Não experimentaram jamais quão rica é a vida, num plano que nunca alcançaram, com a musicalidade celestial do amor, da glória de amar e ser amado, de doar e receber doação, não do vil metal ou do enganoso pedaço de ouro - metal ou do ofuscante diamante e da passageira e absurda glória terrena, pelo nada que fez!
E Almir fez, faz e muito fará. Estamos vivos! Renascidos! Revividos! Que bom viver! Que bom sentir. Que bom participar de tudo. Que bom respirar, andar, pensar, ver, fazer e, mais que tudo, caminhar sempre para a frente, reto, com extrema precisão, sem se abater, olhando para trás apenas para visualizar quanto chão percorremos; olhando para baixo tão somente para descobrirmos que, apesar de tudo, estamos ainda em cima e não no fundo do poço, sem esperanças, sem metas, porque temos dentro de nós a eterna flama da fé, nas profundezas de nossa alma, que ilumina, como o sol incandescente, a negritude do céu! E torna a escuridão o amanhecer radiante de luz e vida, com a natureza brotando, os animais saltitando alegremente e o homem lutando, lutando, vencendo e caminhando e realizando seus desejos e marcando sua presença na Terra com seus feitos, qual dádiva dos Céus.
Este é o Almir que eu vejo e, tenho certeza, todos nós o enxergamos desta maneira.
Parabéns, meu jovem irmão, continue vivendo, com alegria e com o prazer de ajudar a construir um mundo melhor.