Quantas vezes tentei fazer-te ouvir
bradando aos quatro ventos
o que nem a mim jamais contei
Ousei, chorei e desisti
pois, foram tantos os momentos,
que cansei.
e fui andando pela estrada
Busquei outros caminhos,
segui assim, meio sem destino
a tua ausência eu sofri,
mas, fui seguindo adiante
feito um triste peregrino
sem rumo, sem prumo
um fantasma ambulante,
um calado errante...
Agora, eis-me aqui,
trazendo a voz suplicante
como se fosse um rito,
ouvindo meu próprio eco
agora redundante,
o único morador
deste corpo que exumo...
E é para ti este meu grito
dizendo nele do meu amor
que é ainda pulsante
Os meus erros eu assumo
mas vou avante
engulo meu grito e sigo calada
pois, mesmo muda, sou ainda, apaixonada!!