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Discursos-->Livro do coronel Ustra entre os 3 mais vendidos! -- 07/02/2007 - 13:29 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Comunistas querem nos denegrir , diz coronel

Emtrevista do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra ao jornalista César Baima, do Portal da TV Globo, www.g1.com.br , publicada hoje, 04/02/2007. Entre em Plantão, 08h01 - "Comunistas "querem nos denegrir, diz coronel.
04/02/2007 - 08h01m Comunistas querem nos denegrir , diz coronel

Processo na Justiça tenta declarar Carlos Alberto Brilhante Ustra "torturador".
Ação em resposta quer declarar "terroristas" militantes da luta armada.
César Baima Do G1, no Rio entre em contato

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Primeiro militar brasileiro a responder processo na Justiça por supostos crimes cometidos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra afirma que os "comunistas", como intitula os militantes da luta armada do período, promovem atualmente uma campanha para difamar os militares que os combateram.




Agência Estado
O coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra durante homenagem que recebeu em almoço no último dia 25 de janeiro no Clube Militar, no Rio de Janeiro
Ex-comandante do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna do 2º Exército (DOI-Codi), em São Paulo, nos anos 70, Ustra é alvo de ação cível declaratória na Justiça paulista que tem a intenção de classificá-lo como “torturador”.



A ação é movida por Maria Amélia de Almeida Teles, integrante da Comissão de Familiares Mortos e Desaparecidos, ela própria ex-prisioneira em um quartel comandado por Ustra. Como tramita na esfera cível, e não na penal, a ação contra o coronel acabou aceita pelo juiz da 23ª Vara Cível de São Paulo, Gustavo Santini Teodoro, sob a alegação de que não é limitada pela Lei da Anistia.

Em entrevista ao G1, por e-mail, Ustra declarou não estar pessoalmente empenhado na abertura de um processo em resposta à ação de Maria Amélia.



Na semana passada, o coronel foi homenageado com almoço de apoio no Clube Militar, Centro do Rio. Na ocasião, entidades civis anunciaram que pretendem responder ao processo contra Ustra na mesma moeda: ações que pretendem declarar como “terroristas” ex-militantes de grupos armados de combate à ditadura, entre os quais o atual chefe da Casa Civil do governo de São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira, e o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ).

Procurado, Ferreira não quis comentar o assunto. Já Gabeira minimizou a questão. Segundo o deputado, do tempo da ditadura a única discussão que o interessa e na qual trabalharia, por uma "razão histórica", seria a da liberação de documentos ainda considerados secretos.



"Considero essa questão encerrada. Esse debate não é interessante, e falo isso sem nenhum desrespeito. Mas eles são livres para fazerem o que quiserem. Simplesmente não tenho tempo para cuidar disso no momento. Sigo fazendo meu trabalho", afirmou Gabeira.


A seguir, os principais trechos da entrevista com Ustra.


Saiba mais
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G1 - Como o senhor recebeu a ação declaratória cível na Justiça de São Paulo que quer classificá-lo como “torturador”?
Carlos Alberto Brilhante Ustra - Com a tranqüilidade de um homem que cumpriu com o seu juramento de soldado quando foi chamado para combater grupos armados que queriam destruir a nossa democracia e tornar o Brasil uma imensa Cuba. Nessa missão, não só eu, mas os meus comandados e a minha família arriscamos nossas vidas.


Apesar desses dissabores, sinto-me tranqüilo. Estaria numa situação extremamente desconfortável se no meu lugar estivesse um antigo subordinado meu. Sempre fomos ensinados que o comandante é o responsável por tudo o que a sua unidade faz ou deixa de fazer.

G1 - Como, quando e por quem será iniciado o processo em resposta, no qual será pedido que os envolvidos em ações contra as forças de segurança do Estado sejam declarados “terroristas”? Quais serão os principais alvos deste processo?
Ustra - Não estou empenhado nisso. Há uma parcela da sociedade civil que está se organizando nesse sentido, pois está cansada de pagar indenizações e aposentadorias milionárias àqueles que pegaram em armas para implantar no Brasil uma ditadura comunista.



A ação declaratória seria para declarar “terroristas” os réus confessos, ou aqueles que tenham sido condenados em sentenças transitadas em julgado, por terem cometido crimes hediondos, com seqüestro de pessoas e de aviões, assassinatos, “justiçamentos”, atentados a bomba etc.

G1 - Qual era exatamente a função que o senhor exercia no DOI-Codi de São Paulo? No período em que esteve lá o senhor tomou conhecimento de algum caso de maus-tratos a pessoas detidas? Em caso positivo, que providências foram tomadas?
Ustra - Minha função era a de comandante do DOI-Codi do 2º Exército. Muitos afirmam que existiram excessos no tratamento dos terroristas presos. Mas, se existiram, foram poucos. Não foi a regra constante.



E eles também cometeram excessos. Durante os “anos de chumbo”, ao depor na Justiça, os subversivos e terroristas usavam o argumento da tortura para justificar as confissões existentes nos processos e a delação de companheiros, feitas quando interrogados pelos órgãos de segurança.



Com isso, além de escapar da condenação ou de uma pena mais severa, também se livravam de uma pena maior, o julgamento dos “tribunais revolucionários”. Poucos foram os que, em juízo, confirmaram suas ações.



Posteriormente, porém, quando assassinar, seqüestrar, praticar atentados, assaltar bancos, “justiçar” companheiros, tudo em “nome da causa” passou a contar pontos positivos nos seus currículos, eles assumiram esses crimes, mas nós continuamos sendo acusados de torturadores.

G1 - O senhor crê que o Brasil caminha para uma revogação, ou revisão, da Lei da Anistia, que pode levar à abertura de processos penais contra militares acusados de tortura no período de exceção, a exemplo do que acontece na Argentina, Uruguai e Chile?
Ustra - Como acontece em todos os movimentos onde os comunistas são derrotados, eles iniciam a sua volta lutando pela anistia, que, uma vez conquistada, permite-lhes viver usando as liberdades democráticas que queriam destruir.



Todos devem estar lembrados das passeatas, com bandeiras vermelhas, das campanhas na imprensa e no Congresso para que a Lei da Anistia fosse decretada de maneira ampla, total e irrestrita. Agora, com a maior desfaçatez, declaram que éramos nós que queríamos a anistia.



Posteriormente, eles começam uma virulenta campanha para denegrir os que os combateram, posam de vítimas e de heróis e fazem da mentira e da calúnia o seu discurso. Não descansam enquanto não conseguem, por revanchismo, colocar na prisão aqueles que os combateram e derrotaram.



Para isso, mudam as leis e até a própria Constituição, o que é feito com a corrupção do Legislativo e com o apoio de simpatizantes, escolhidos a dedo, para as mais altas funções do Judiciário.


Enquanto assaltantes, seqüestradores, terroristas, e assassinos permanecem livres sob a justificativa de que “lutavam pela causa”, nós, que cumprindo ordens de nossos superiores hierárquicos, lutamos e preservamos a democracia, agora estamos ameaçados de ir para a prisão por aqueles que combatemos e vencemos.

G1 - Como o senhor crê que os militares são vistos atualmente pela população brasileira em geral? Acredita que há espaço para uma atuação política das Forças Armadas?
Ustra - As Forças Armadas sempre foram vistas, e assim continuam sendo, como uma das instituições mais respeitadas do Brasil. Mas a campanha para denegri-las é muito grande. Elas estão voltadas e aptas para a manutenção da lei, da ordem, da democracia e de tudo o que a Constituição determina.


Recentemente lancei um livro, “A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça”, onde procuro desmentir e provar, com fatos e dados irrefutáveis, mitos e inverdades criados pela esquerda, além de defender a atuação das Forças Armadas no combate ao terrorismo.

Meu livro, que segundo o “Jornal do Brasil” já esteve entre os três mais vendidos, é boicotado pela mídia e pelas grandes livrarias, que se negam a vendê-lo. Só uma das grandes livrarias o está comercializando. Mesmo assim, embora tenha sido lançado em abril de 2006, já vendeu mais de 9 mil exemplares.



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