Que não se espantem os brasileiros mais novos em ver acontecer por muito tempo os deslizes da integridade pública onde a corrupção avulta e carcomem o patrimônio das instituições governamentais.
São os políticos que criados como “cupins”, conseguem em pouco tempo destruir os maiores valores nacionais, e por serem imunes as “inseticidas” que os combatem se mostram em discursos mentirosos nos salões palacianos do Congresso de nosso país.
As leis (inseticidas) não são capazes de debelar os desfalques cometidos (pelos cupins) pelos Senhores e Senhoras, que eleitos pelo povo, se acham no direito de cometerem os mais diversos descalabros, e por serem imunes, continuam fazendo mal uso de erário publico e trabalhando nas falcatruas em benefício próprio.
Enquanto o Poder Judiciário não conseguir usar as leis cabíveis para incriminar e prender os políticos dolosos, os poucos honestos que dividem gabinetes e palanques não conseguirão fazer maioria para eliminar as parasitas da árvore governamental.
O rombo no INSS, os mensalões, a compra fraudulenta das ambulâncias, as propinas de dez e quinze por cento nas licitações, os desvios de verbas nas contratações de serviços “chamados urgentes”, a contratação de funcionários não concursados, só fazem aumentar o déficit nas contas públicas e diminuir os investimentos necessários nos Serviços como saúde, educação, transporte, habitação, moradia, saneamento básico, segurança pública etc.
Infelizmente, os programas sociais com cestas básicas e os vales de todos os tipos para amenizar o problema da fome e da miséria, são placebos e água com açúcar para as crianças não continuar chorando. Enquanto isso, fartam-se de bebidas importadas e banquetes, os corruptos que roubam o povo indefeso.
É triste saber que são os trabalhadores que sustentam com seus impostos toda essa “farra e toda essa festa” palaciana.
Façamos rezas para “A Santa Democracia”, que tanto confiamos e amamos, poder resolver com seus milagres a doença maligna da “mosca azul” que tomou conta de nossos governantes e que se consiga ainda na próxima década ver debelado ou pelo menos controlado os males da corrupção.
A nossa desesperança tem nascedouro nos tempos do Brasil Imperial e se prorroga até os dias atuais, tendo passado por governos republicanos democratas ou até mesmo de ditadores civis e militares onde as apropriações indébitas de mandatários jamais foram punidas. E o desfile dos incautos continua acontecendo sem nenhum temor.
Não queremos presenciar e atestar tais acontecimentos. Queremos que nosso dinheiro arrecadado pelos impostos mais caros do mundo, retornem em forma de investimentos em serviços básicos essenciais, proporcionando aos brasileiros e brasileiras, crianças, adultos e idosos, brancos e negros, uma qualidade de vida digna dos seres humanos.
Cabe aos políticos do Poder Executivo gerenciar com eficiência as arrecadações e aplicá-las de uma forma honesta em benefício de todos, ao Legislativo, além de legislar, também fiscalizar o gasto do erário público e ao Poder Judiciário, fazer cumprir as leis, e punir, se preciso for, os desmandos cometidos pelos demais poderes. Mas nada disso infelizmente é feito com eficiência. As impunidades continuam e os escândalos tomam conta das primeiras páginas dos principais jornais do país.
Até quando? Perguntamos nós, indefesos cidadãos brasileiros. Por quanto tempo mais? Estaremos vivos para ver acontecer o justo?
Não! Não estaremos. Pois a morosidade com que acontecem os benefícios para o povo é longa e desesperançada. A procrastinação das decisões importantes faz parte da pauta das reuniões vazias das sextas-feiras do Congresso Nacional.
Como cidadão, apenas cidadão; de voz pequena e baixa, resta-me apenas escrever mais uma vez, colocando meus pensamentos nacionalistas e pedindo aos governantes dos Três Poderes de nosso país, que dignifiquem as suas posturas e lembrem-se que por de trás das lamúrias, ainda existem homens honestos, sinceros e trabalhadores, que garantem os contra-cheques dos funcionários e parlamentares de todos os níveis, pagos pelas Casas do Povo e com dinheiro do povo.
Quando da inauguração de Brasília o Presidente Juscelino falou em seu discurso...
“Desse Planalto Central, dessa solidão que em breve se tornará o palco das mais altas decisões Nacionais lanço meus olhos e antevejo o futuro de nosso país”... Ele jamais poderia esperar que esse futuro fosse cinzento e camuflado pela vergonha e pelo desmando.
Vamos esperar! Esperar que uma “chuva mágica” caia sobre Brasília e que gotas de dignidade se somem aos trovões de lucidez e raios de honestidade lavando a vergonha e trazendo novas esperanças para nossos filhos e netos, irmãos e irmãs brasileiros.
Precisamos de tudo Srs. Governantes, mas isso só será possível fechando as torneiras da corrupção e dos desperdícios e abrindo as comportas da “vontade política” para criar empregos e melhorar a distribuição de renda de nosso povo.