Sou assinante e leitor do jornal Estado de Minas, o maior jornal do estado, para não se dizer o único. Ao ler o caderno Cultura do dia ultimo dia trinta de março fiquei abismado com o que o editorial deste grande jornal deixou publicar.
Vou transcrever na íntegra:
“DISPARATE"
“Atuante no estado líder em desastres rodoviários e urbanos (esses, proporcionalmente à população) o Detran MG tem feito o que pode para eliminar os maus motoristas. Dos 2 milhões e 239 mil candidatos que se submeteram ao exame de habilitação, apenas 994 mil foram aprovados nos últimos três anos. A média de reprovação chegou a 58%. No entanto o acesso da POPULAÇÃO POUCO ESCLARECIDA ao mercado do automóvel vem provocando verdadeiras barbaridades no setor de acidentes.”
O que o jornal quis dizer com “pouco esclarecida”?
Que os pobres agora estão comprando mais carro?
Coincidência ou não as noticias de acidentes nos mostra um panorama bem diferente.
Ônibus batendo de frente por causa do excesso de trabalho dos motoristas.
Estradas em péssimas condições que levam inocentes aos cemitérios.
Ausência de fiscalização de rotina.
E os últimos acidentes?
Foi um “pouco esclarecido” que estava bêbado ao volante dirigindo na contra mão?
Se o morto fosse um “não esclarecido” dirigindo um carro velho o motorista assassino seria preso e o processo correria com tanta rapidez?
O editorial do “Grande “ jornal dos mineiros precisa rever seus conceitos.
Educação para o transito e na vida não se aprendem em bancos de escola.
