Grupo Guararapes - Doc. Nº119/2008
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Lemos, com tristeza, nos principais jornais do País, o presidente do Congresso Nacional chegar até ao Palácio do Planalto para pedir ao presidente da República providências por um possível crime de espionagem cometido por órgão do Poder Executivo.
É a inteira inversão de valores. Cabia ao presidente da República dar ao Congresso as explicações cabíveis e ir até ao gabinete do Senador Garibaldi Alves mostrar as medidas que houvesse determinado.
Tão grave, como no caso acima, foi o Presidente da mais elevada Corte de Justiça do País, Ministro Gilmar Mendes, não ter tido o mesmo tratamento que devia ter recebido o presidente do Congresso. Nova inversão de valores.
Ambos os presidentes, do Legislativo e do Judiciário, foram, ao que se depreende, beijar as mãos do “Imperador do Brasil”. Como se fôssemos uma republiqueta e não tivéssemos senadores ou ministros que pudessem manter a República no nível que se exige de um verdadeiro regime democrático.
Os tempos são outros. É o que se costuma dizer. Nos governos militares, tal não acontecia. Adauto Lúcio Cardoso, (Senador Presidente do Congresso) e Ribeiro da Costa (Ministro Presidente do STF) honravam os cargos que ocupavam. Não tinham colunas dobráveis. E o Presidente da República – o democrata Castelo -, também, sabia respeitá-los. Eram outros tempos de República.
Pode-se concluir que, ONTEM, MORREU A REPÚBLICA E NASCEU O NOVO “IMPERADOR DO BRASIL”?
Mas o fato é que os Presidentes do Congresso Nacional e do STF saíram moralmente algemados do Palácio do Planalto.