Plano para a Defesa vem acompanhado de corte no orçamento militar
19/12/2008 - 16h00
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou oficialmente a Estratégia Nacional de Defesa nesta quinta-feira em cerimônia no Palácio do Planalto. O documento com quase 70 páginas aponta as diretrizes que serão seguidas pelas Forças Armadas quanto ao seu reequipamento e modernização.
Enquanto Lula fazia o seu discurso, o Congresso Nacional aprovava o Orçamento da União para 2009. Pelo menos R$ 800 milhões foram cortados das Forças Armadas.
O Comando da Aeronáutica perdeu R$ 150 milhões, o que vai comprometer diretamente os programas de manutenção, revitalização e aquisição de aeronaves. Apenas para a aquisição de aviões, foram cortados R$ 89 milhões.
Se contabilizados os recursos adicionados às Forças Armadas à proposta original do governo, os militares perdem mais de R$ 1 bilhão.
De acordo com a Comissão Mista de Orçamentos, o governo destinou R$ 52,2 bilhões para a Defesa. Deputados e senadores aumentaram esse valor para R$ 52,4 milhões, mas na votação final, fecharam em R$ 51,3 milhões os recursos para o próximo ano.
O Exército sofreu um corte de R$ 129 milhões, ou um terço do que seria investido na modernização operacional da força. Já a Marinha perdeu R$ 50 milhões que seriam gastos em compras para os fuzileiros, embarcações de apoio e sistemas operativos.
Da manutenção do material bélico o Congresso retirou R$ 29,5 milhões. Sobrou também para a Infraero que administra os principais aeroportos do país. A autarquia terá menos R$ 150 milhões que seriam aplicados na melhoria da infra-estrutura aeroportuária.
O Orçamento da União para 2009 foi aprovado com os cortes que totalizam R$11 bilhões. Nem o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a “menina dos olhos da sucessão de Lula”, foi preservado.
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