Pedindo a palavra, o Ministro FLAVIO FLORES DA CUNHA BIERRENBACH, em referência à visita do Presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil, lembrou que no dia 8 de maio comemora-se o aniversário do final da Segunda Guerra Mundial na Europa. Ressaltou ser um espanto essa data coincidir com a chegada ao país do grande nazista do Século XXI. Sustentou que o racismo no Brasil é um dos crimes mais graves, desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada em 1948, e conforme previsão constitucional expressa. Disse que não há como justificar o convite do Governo Brasileiro a uma pessoa que tem sido um expoente do racismo e do nazismo neste Século, sobretudo depois da recente Conferência da ONU, em Genebra, quando negou a ocorrência do Holocausto, o maior símbolo e exemplo de desumanidade do homem contra o homem, que o mundo tem o dever de não esquecer. Acrescentou que o Presidente do Irã cancelou unilateralmente sua viagem, mas afirmou que ainda virá ao Brasil. Ao final, concluiu que na semana em que o Brasil pranteou a morte de 600 “pracinhas” e mais 1.400 brasileiros que perderam a vida no mar, na luta contra o nazismo, o fato não deixa de ser uma incoerência e um desrespeito à memória dos brasileiros que morreram na Guerra. Acrescentou que qualquer marginal que venha a cometer os crimes de racismo e de incitação ao genocídio, no Brasil, deverá ser preso em flagrante, visto que para tais crimes não há extra-territorialidade e tampouco imunidade diplomática.
Prosseguindo, informou que no último dia 1º o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica rompeu a barreira do som e inaugurou a Rádio Força Aérea. Igualmente à Rádio Verde-Oliva, colocou-se à disposição desta Justiça Militar para divulgação de julgamentos e questões institucionais. E, por último, apresentou suas congratulações à Força Aérea Brasileira